Bebê orangotango órfã abraça o próprio corpo em busca de conforto

No passado 5 de janeiro, uma equipe de resgate de Bornéu, Indonésia, salvou uma filhote de orangotango que foi retirada de seu habitat natural para ser vendida como animal de estimação. Esta preciosidade não deixa de se abraçar, como forma de auto-consolo, por ter sido separada de sua mãe e pelo inferno que teve que viver desde então. Uma imagem que está dando a volta ao mundo e que enfureceu e entristeceu igualmente milhões de internautas; fatos pungentes e inadmissíveis que foram denunciados abertamente pela International Animal Rescue (IAR) para evitar que isto continue a acontecer imediatamente.

A pequena orangotango, que foi apelidada com o nome de Joss, foi adquirida por um homem chamado Dahlan por 500 mil rúpias indonésias -uns 150 reais-. Viu o pobre animal e decidiu comprá-lo porque sentiu pena, segundo informou a IAR, em cujo site é possível adotar um destes pequenos para que não lhes falte de nada e, em definitiva, contribuir com sua bela causa.

- "Joss abraça seu próprio corpo constantemente porque estranha o contato físico e a contenção que deveria ter de sua mãe. Até este momento, sua vida foi muito traumática e estressante devido ao seu anômalo comportamento", explica a veterinária da IAR, Jaclyn Eng.

O antigo dono de Joss confessou que tinha comprado a pequena por pena, sem saber que é uma ilegalidade ter um orangotango como mascote na Indonésia, e que tinha presenteado a seus quatro filhos. No entanto, pese que fosse bem cuidada, estes a tratavam como um brinquedo em vez de um ser vivo.

- "É provável que ela tenha visto quando mataram a sua mãe antes de que a levassem da selva para ser vendida", explicou Alan Knight, diretor do IAR. Infelizmente, o caso de Joss e sua mãe não é um fato isolado, senão que é bastante comum em Bornéu, onde estes belos animais já perderam 80% de seu habitat devido ao desflorestamento.

- "Estamos tentando consolá-la e abraçá-la, mas obviamente está tão estressada com seu novo meio que não quer que ninguém a toque. Tentamos acalmá-la com um urso de pelúcia gigante, mas isso não ajudou também. Seguiu golpeando sua cabeça contra a parede. Basta olhar nos olhos para a gente perceber o horror que viveu durante sua curta vida. Os veterinários de nosso centro de Ketapang estão tentando ajudá-la, mas só o tempo dirá se poderá ser recuperada de tudo o que passou".

Conquanto é verdade que este tipo de notícias nos partem o coração, o resgate e o cuidado com estes pequenos proporcionam um luz de esperança no fim do túnel. Por sorte, existe uma equipe de profissionais que velam pela reabilitação e a longa preparação que estes animais precisam face à vida na natureza, de modo que bravo para eles!