Em 1940, a fotógrafa Genevieve Naylor, de 25 anos, que tinha recentemente se tornado a primeira fotógrafa contratada pela Associated Press, recebeu uma atribuição do Departamento de Estado dos EUA de viajar para o Brasil. Com a guerra entre as potências do Eixo e dos Aliados em expansão em um conflito verdadeiramente global, o Escritório de Assuntos Interamericanos do Departamento de Estado recebeu a tarefa de cultivar o apoio sul-americano em favor dos Aliados. Naylor foi enviada para captar as imagens para ilustrar a campanha de propaganda e evocar o apoio à guerra do Brasil e países adjacentes. |
Um artista de rua tocando acordeão.
Via: Genevieve Naylor/Corbis/Getty Images
Ao chegar no Rio, no entanto, Genevieve muito curiosa se irritou com as limitações de suas atribuições maçantes e então decidiu visitar outros locais além das sofisticadas e elegantes zonas comerciais da cidade e praias e optou por fotografar um retrato mais amplo, mais rico do país do que os símbolos prescritos de progresso e desenvolvimento necessários à campanha. O que esta genial mulher fez foi mostrar a verdadeira cara do Brasil, que o país era muito mais do que o Rio de Janeiro, coisa que a mídia parece não ter aprendido até hoje.
Embora limitada pela escassez de filmes e equipamentos, as restrições da ditadura Vargas e as instruções de sua agência, Genevieve documentou os ricos, a classe trabalhadora, agricultores, artistas de rua, dançarinos do carnaval, mendigos, pescadores e muito mais, em última análise, criando um corpo de trabalho que excedeu em muito os limites do seu mandato governamental.
Quando Genevieve voltou para os Estados Unidos, suas fotografias foram objeto de uma apresentação histórica no Museu de Arte Moderna. Ela se tornou uma fotógrafa de moda prolífica para revistas famosas da época.
A cidade de Ouro Preto.
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Pessoas esperam para participar de um desfile de carnaval.
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A festa do carnaval.
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Uma apresentação dentro de um restaurante cuja plateia, segundo Genevieve, só tinha brancos.
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A festa do carnaval.
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Foliões na festa de carnaval na Praça Onze, no Rio de Janeiro.
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Religiosos oram de joelhos na Igreja do Bom Jesus do Matozinhos, em Congonhas.
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Artistas de rua dançam frevo.
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Homens e meninos na Igreja de Bom Jesus de Matosinhos, na frente de um cartaz da campanha anti-lepra.
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Um pescador lança sua rede.
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Secando a roupa no varal, com o Cristo Redentor à distância.
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Meninos apostando em um jogo de dados.
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Frente do Copacabana Palace, o hotel de luxo na Praia de Copacabana.
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Mulheres vigiando transeuntes em Ouro preto (câmeras de segurança daquela época).
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Crianças brincando em um edifício em ruínas.
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Uma cena da rua, próximo ao Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
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