Eu ia publicar este artigo em um outro blog de tecnologia e ciências onde escrevo, mas decidi divulgar no MDig, por ter mais penetração e porque este tipo de informação deve ser compartilhada cada vez mais. Acontece que uma pergunta comum que ouço uma e outra vez é: "Como eu sei se uma notícia é falsa?" Não há um resposta fácil. Ainda que haja sites, sobretudo políticos, que não merecem nenhum crédito, ajuda sermos bem informados, e requer uma suspensão consciente de credulidade combinada com um instinto aprimorado e um pouquinho de experiência. |
Se o jornalismo como um todo é ruim (e é mesmo), o jornalismo científico é ainda pior. Não só é suscetível aos mesmos tipos de preconceitos que afligem o jornalismo bundalelê padrão, mas é exclusivamente vulnerável ao sensacionalismo ultrajante. Toda semana, ao que parece, um alimento cotidiano é a panaceia da vez ou vai curar o câncer ou matar todos nós.
Uma coisa que a experiência nos ensinou é que alguns canais de notícias são melhores do que outros. Alguns jornalistas realmente se preocupam em relatar a notícia como ela é, em vez da forma que eles gostariam que fosse. Então, em um esforço para promover boas fontes de notícias científicas o Conselho Americano de Ciência e Saúde (ACSH, por suas siglas) se juntou com o RealClearScience para criar o infográfico, mostrado sobre estas linhas.
No eixo X (da esquerda para a direita), eles classificaram as fontes por sua confiabilidade fundamental. Os meios de comunicação na coluna verde produzem conteúdo científico que se baseia em evidências e é totalmente livre de ideologias e opiniões pessoais. Fontes na coluna vermelha, por outro lado, são impulsionadas pela ideologia e são caracterizadas por reportagens desequilibradas. A evidência desempenha pouco ou nenhum papel nessas fontes.
No eixo Y (de cima para baixo), eles classificaram os meios de comunicação baseados na atratividade das informações apresentadas. Quanto mais no topo, mais interessante é o conteúdo gerado. Ao contrário, os que estão na parte debaixo são de interesse limitado, o que quer dizer o mesmo, suas matérias são maçantes e o conteúdo é principalmente baseado em sensacionalismo e clickbait.
De longe, as duas melhores fontes de notícias científicas do mundo on-line são a Nature e a Science, ambas com seções de notícias voltadas para o público em geral. O Economist é excelente para pessoas que estão principalmente interessadas em notícias e políticas globais, mas também têm uma interessante e responsável curiosidade pela ciência. Já o NewScientist e o Live Science são perfeitos para cientistas nerds.
O que há de errado com a revista Scientific American? Durante muito tempo, a SciAm tornou-se o quartel-general de justiceiros sociais e outros tipos néscios que acham que defender causas é mais importantes do que praticar uma boa ciência. Isso também se nota na lata do lixo onde estão Huff Post, Daily Mail, Newsweek, Fox News e CNN, a principal fonte de notícias do jornalismo brasileiro.
Com que moral então o G1 quer se adjudicar como bastião da credibilidade jornalística, se por suas páginas passam diariamente conteúdos lixo, desinformação e engenharia social? A impressão que a Globo passa com esta campanha contra as notícias falsas é a mesma de um político gritando: - "Pega ladrão!"
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Comentários
Site Poluido
Exelente post