Esta gravação de um drone resolve o mistério do canino dos narvais, o unicórnio dos mares

As imagens que ilustram este artigo são únicas e históricas. Trata-se da primeira gravação que revela o propósito desse gigantesco canino que sobressai da cabeça do narval. Desde agora, a lenda que acompanhava o denominado como unicórnio do mar é um pouco menos misteriosa. O narval (Monodon monoceros), é uma espécie de cetáceo odontoceto da família dos monodontídeos que habita os mares do Ártico e norte do Oceano Atlântico. Os machos desta espécie caracterizam-se por apresentar um canino superior esquerdo muito longo e retorcido de maneira helicoidal que pode chegar a medir até dois metros.

As pesquisas anteriores especulavam que este dente podia ser um receptor sensorial ou algum tipo de caráter sexual secundário. O vídeo vem a pôr fim ao mistério. A peça mostra a forma em que os narvais usam seus estranhos caninos para caçar peixes no Ártico, uma rara dança onde primeiro golpeiam surpreendendo através de uma série de golpes rápidos e irregulares, para depois dar o "golpe final" uma vez que estão imobilizados.

A verdade é que enquanto as imagens confirmam a teoria de como os narvais usam seus caninos, os pesquisadores explicam que também podem ser usado para outros propósitos que tinham proposto, desde "picadores" de gelo, como simples arma de defesa, de caráter sexual ou inclusive como uma ferramenta para a eco-localização.

De fato, os especialistas pensam que podem ser especialmente importantes como receptores sensoriais, também. Seus caninos estão cobertos por milhares de terminações nervosas e poros que ajudam estes cetáceos a perceber o meio que os rodeia.