Este balão, que é inflado no estômago, estoura aos 4 meses, propiciando grande perda de peso

Um estudo apresentado no Congresso Europeu sobre Obesidade mostrou que 38 pacientes perderam uma média de 15,5 quilos após 16 semanas. O resultado era o equivalente a ao redor de 1/3 de seu excesso de peso. Como? Com um balão gástrico que é inflado dentro do estômago. Trata-se de um sistema cuja função é ajudar as pessoas obesas a perder grandes quantidades de peso sem a necessidade de cirurgia invasiva, como é o caso das intervenções bariátricas.

O balão é engolido como uma cápsula, mas com um cano longo e delgado conectado. O ultrassom determina o momento em o que o balão está no estômago. Depois ele é enchido de água através do cano e este se desprende puxando para trás através da garganta. Após 16 semanas, o balão estoura no estômago. Nesse momento a água e liberada e excretada junto com a bola.

A cirurgia bariátrica é muito eficaz para reduzir o tamanho do estômago, mas a anestesia para alguém que tem excesso de peso pode ser um risco. Ademais, aqueles que queiram ser submetidos a cirurgia também devem se submeter a um longo período de preparação física e psicológica. Por último, estamos ante um processo muito caro.

Ao final das 16 semanas os pacientes devem realizar uma dieta controlada para tentar manter a perda de peso. Não há que esquecer que, a diferente da cirurgia gástrica, o balão é uma medida temporária.

Os especialistas em obesidade recordam que o balão não é um substituto da cirurgia bariátrica, que sim pode oferecer uma mudança por toda a vida. Dizem que o balão é para pessoas que ainda não chagaram ao ponto onde é necessário a cirurgia bariátrica. Esta opiniões, no entanto, parecem estar situadas em uma área turva entre o diagnóstico médico e a posição corporativa.

Potencialmente, milhões de pessoas poderiam ser beneficiadas. Como o balão não requer endoscopia, cirurgia ou anestesia, pode ser adequado para uma população maior de pacientes obesos que não respondem as dietas ou tratamentos e seus estilos de vida.

Fonte: Guardian.