Especialistas em mudança climática alertam que temos só 3 anos para salvar o planeta da destruição irreversível

O planeta devastado pela mudança climática pode parecer uma imagem do futuro... apocalíptica até. A verdade é ninguém sabe com certeza o que vai ocorrer com certeza, mas a Terra já está experimentando uma série de efeitos que não podemos simplesmente fingir que não existem. Por isso um grupo de especialistas marcou em vermelho o limite para que possamos dar uma atrasada no relógio biológico terrestre: temos três anos para salvar o planeta de um fim irreversível.

Em 2017, as temperaturas já atingiram seus níveis mais altos em algumas áreas, sendo o caso recente da cidade iraniana que chegou aos 54 graus o mais extremo. De fato, os últimos três anos foram os mais quentes registrados de forma global

Por esta razão, seis cientistas e diplomatas destacados lançaram uma carta aberta. Entre elas, a pesquisadora e ex-chefe de meio ambiente na ONU, Christiana Figueres, e o físico Stefan Rahmstorf.

Os especialistas alertam explicando que o planeta tem aproximadamente três anos antes que ocorram os piores efeitos da mudança climática. Publicada em 28 de junho, o escrito insta os governos, empresas, pesquisadores e cidadãos a abordar as emissões mundiais de gases de efeito estufa desde este momento. Segundo explicam:

- "Se as emissões reduzirem até 2020, as temperaturas globais provavelmente evitarão chegar a uma patamar irreversível. Os impactos incluiriam a rápida desflorestação, as inundações causadas pelo aumento do nível do mar e as imprevisíveis mudanças climáticas que poderiam afetar à agricultura e afetar a vida no litoral, onde vive a grande maioria da população."

Para isso, os pesquisadores expõem seis metas a conseguir até 2020:

• Aumentar as energias renováveis a 30% do uso de eletricidade.
• Projetos e planos para que as cidades e estados abandonem a energia de combustíveis fósseis em 2050, com um financiamento de 300 bilhões de dólares anuais.
• Assegurar que 15% de todos os veículos novos vendidos sejam elétricos.
• Reduzir drasticamente a desflorestação.
• Publicar um plano para reduzir à metade o desmatamento antes de 2050.
• Alentar o setor financeiro a emitir mais "bônus ecológicos" para os esforços de mitigação do clima.

Os autores reclamam que todas as cidades e empresas lutem contra as emissões e cumpram com os objetivos do acordo de Paris, inclusive sem a ajuda do governo dos Estados Unidos. Segundo Christiana:

- "estamos à expectativa de poder reduzir a curva de emissões para 2020. A oportunidade que temos durante os próximos três anos é única na história."