A escola indiana onde todos os alunos aprendem a escrever com as duas mãos

Uma pequena escola na região rural da Índia está ganhando atenção sobre o fato de que todos os 300 estudantes são ambidestros. Os dados mostram que apenas 1% da população global é ambidestra, mas o ambicioso fundador da Escola Veena Vandini, em Madia Pradexe, tem como objetivo mudar isso, começando a nível local. O ex-soldado e vice-presidente da Fundação Veena Vandini, Sharma, declarou que foi inspirado a se concentrar nesse treinamento pelo primeiro presidente da Índia, Rajendra Prasad, que era ambidestro.

- "Eu li em uma revista que o primeiro presidente da Índia escrevia com ambas as mãos. Isso me inspirou a dar uma chance aos alunos", disse Sharma. - "Mais tarde, quando eu fundei a escola na minha vila nativa, tentei treinar os alunos."

- Começamos a treinar estudantes do primeiro ano e, quando chegaram ao segundo, eles já estavam com vontade de escrever com as duas mãos", acrescentou Sharma. - "Os alunos do terceiro e quarto ano podem escrever com velocidade e precisão. Além disso, escrevem dois textos simultaneamente, um com cada mão. Os estudantes também conhecem várias línguas, incluindo urdu."

Todas as aulas de 45 minutos em Veena Vandini incluem 15 minutos dedicados à prática de caligrafia, garantindo que cada aluno desenvolva a capacidade de escrever com ambas as mãos. Sharma também acredita que a habilidade permite que os alunos aprendam vários idiomas, e assim praticam escrevendo as mesmas palavras em diferentes idiomas ao mesmo tempo. Embora seja amplamente creditado por ajudar a aumentar a concentração, estudos mais recentes descobriram que isso é falso e estudar para se tornar ambidestro pode, de fato, prejudicar o desenvolvimento cognitivo.

Um estudo recente revelou que as crianças ambidestras apresentaram pior capacidade em várias habilidades, especialmente em matemática, memória e raciocínio lógico. Outro estudo no norte da Finlândia indicou que as crianças que são ambidestras são muito mais propensas a desenvolver problemas de saúde mental, problemas de linguagem e problemas acadêmicos.

Sharma fundou a escola em 1999 na área remota do distrito de Singrauli, em Madia Pradexe e afirma que sua dedicação à escrita manual levou pesquisadores sul-coreanos a visitar e estudar os alunos há dois anos, para descobrir mais sobre a ambiditividade. Atualmente, não existe nenhum estudo ou pesquisa sobre a escola publicada on-line.