Há um pedaço de terra estoniana que se aproxima um pouco do mito grego de antiga nação de mulheres guerreiras, onde a figura masculina é uma visão muito rara. A ilha de Kihnu, localizada no Mar Báltico, a sete quilômetros da costa oeste do país, é um domínio governado por mulheres. Este pitoresco lugar com tranquilidade pastoral e apenas 400 habitantes é uma das últimas sociedades matriarcais do mundo. Não é que as mulheres de Kihnu tenham algo contra homens, no entanto, é só que elas não têm escolha senão segurar as rédeas sociais e administrativas. |
Via: Kalervok - Wikimedia Commons
Isso ocorre porque a população masculina fica longe por meses durante as jornadas de pesca em alto mar. Isso faz com que as mulheres sejam responsáveis por manter o lugar e elas fizeram isso durante séculos: criam os filhos, trabalham nos campos e lidam com questões de governança.
A líder desta comunidade insular é Mare Matas, que é também presidente da Fundação do Espaço Cultural Kihnu, explica que os homens sempre ficaram longe da ilha.
- "Essa é a razão histórica pela qual as mulheres se tornam muito fortes, muito independentes."
Via: Aleksandar Mishkov
Uma coisa que as locais estão particularmente empenhadas em alcançar é a preservação das tradições e s herança de Kihnu.
- "A cultura Kihnu é interessante porque ainda usamos trajes tradicionais em nosso cotidiano. Nós temos músicas folclóricas antigas ainda vivas e dançamos [...] As canções e as tradições de casamento Kihnu têm mais de 2.000 anos", observa Mare.
Via: Sebastien Leban - Al Jazeera
Mas é um trabalho difícil de preservação de legado quando os jovens deixam a ilha para buscar educação superior ou bons empregos e muitas vezes nunca mais retornam. A ilha é popular entre os turistas europeus no verão, mas, além disso, não há oportunidades atraentes para evitar que os jovens abandonem a comunidade.
- "Estou permanentemente preocupada que nossa cultura única pode desaparecer. É muito valioso se essas coisas ainda existirem e sobreviverem no mundo moderno. É realmente um milagre", diz Mare.
Via: Visit Estonia
O bom é que as autoridades não se mantiveram ociosas em relação a Kihnu: a cultura de Kihnu foi reconhecida como obra-prima da UNESCO do Patrimônio Oral e Intangível da Humanidade. Além disso, o Museu Kihnu foi renovado e conserva a história local, homenageia moradores proeminentes e mantém vivos os costumes e as convenções da ilha.
Via: Visit Estonia
Por toda a sua singularidade e atmosfera idílica, Kihnu tem seus desafios e viver ali pode não ser para os fracos de coração. De acordo com Mare, é um estilo de vida diferente em comparação com o continente e a sobrevivência é mais difícil. Ainda assim, os habitantes locais acreditam que habitam o melhor lugar do mundo.
Fonte: Mental Floss.
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