Nosso planeta está marcado com inumeráveis cicatrizes, algumas tão fundas que podem ser vistas do espaço. Há de tudo: desde minas a céu aberto até impactos de meteoritos, mas a maioria destas alterações do terreno é o resultado da atividade humana. Na sequência deste artigo vamos tentar mostrar algumas das áreas mais impressionantes da Terra, que foram marcadas para sempre, a maioria em decorrência da exploração desenfreada e sem controle de minérios e pedras preciosas. |
Há outras dezenas (talvez centenas) de crateras abertas devido as asteroides que entraram na atmosfera terrestre, como o que atingiu Tunguska, na Sibéria, em de 30 de junho de 1908, e explodiu com a energia de cerca de 185 bombas atômicas do nível de Hiroshima.
Acontece que rochas espaciais estão constantemente bombardeando a Terra e enquanto a maioria queima completamente na atmosfera, algumas maiores conseguem alcançar a superfície. Quando isso acontece, deixam para trás uma cratera que é muitas vezes eliminada devido à erosão, ao crescimento da vegetação e ao movimento das placas tectônicas da Terra, curando evidentemente as feridas que se transformam em belos lagos, como o lago Acraman, na Austrália; o Dellen, na Suécia; o Sääksjärvi, na Finlândia; o Jänisjärvi, na Rússia, entre outros.
Antes que o artigo acabe em briga -como já aconteceu anteriormente- em relação a uma irritante terminologia: todos sabem que uma rocha no espaço é um asteroide; uma rocha espacial que entra na nossa atmosfera é um meteoro e uma rocha espacial que entra na nossa atmosfera e atinge o solo é um meteorito, mas antes de ser meteorito ou meteoro, toda rocha espacial é um asteroide.
Mina de diamantes Mirny, Rússia
Esta mina de diamantes a céu aberto foi inaugurada em 1957 e fechada em 2009. Nos anos 60 produzia duas toneladas de diamantes ao ano, mas o ritmo de extração diminuiu a 400 quilos ao ano. Foi a primeira e maior mina da antiga União Soviética, e agora tem um total de 525 metros de profundidade e 1.200 metros de diâmetro. O espaço aéreo bem acima da mina está fechado aos helicópteros porque as correntes de ar produzidas no local podem sugar as aeronaves para o buraco.
Mina de cobre de Kennecott, Salt Lake City, EUA
Trata-se da mina a céu aberto mais profunda do mundo e continua funcionando desde 1906. Hoje em dia tem quase um quilômetro de profundidade e quatro quilômetros de diâmetro.
Até 2004 extraíram desta mina 17 milhões de toneladas de cobre, 715 de ouro e 5.900 de prata. O plano atual de exploração terminará em 2019, mas o dono, o Grupo Rio Tinto, estenderá sua exploração até 2030.
Derweze, ou "a Porta ao Inferno", Turcomenistão
Esta área está no meio do deserto de Karakum, no Turcomenistão. Em 1971 vários geólogos começaram escavações no terreno, mas este cedeu e do subsolo começou a sair gás metano. As emanações supunham um perigo para as populações próximas, motivo pelo qual os geólogos decidiram colocar fogo nos gases com a ideia de que assim se consumiriam. Não adiantou. Os gases seguem ardendo hoje em dia e o povoado mais próximo, chamado Derweze, foi abandonado definitivamente.
Mina de Udachnaya, Rússia
Trata-se da terceira mina a céu aberto mais profunda do mundo. Sua exploração começou no final dos anos 50. Hoje segue operacional e seus empregados trabalham ali a mais de 600 metros de profundidade.
Chuquicamata, nos arredores de Calama, Chile
É a maior mina de cobre a céu aberto em diâmetro do mudo e a segunda em profundidade com 850 metros.Começou a ser explorada em 1882 e dali extraíram metal durante três décadas, uma quantidade que supunha um terço do total das exportações do país.
Mina de diamantes de Diavik, Canadá
Esta região foi pesquisada em 1992 e a exploração da mina a céu aberto começou em 2003. Em março de 2010 começaram as escavações subterrâneas e a transição de mina a céu aberto a mina subterrânea foi completada finalmente em 2012.
Mina Grasberg, Puncak Jaya, Papua, Indonésia
Trata-se da maior mina de ouro do mundo e a terceira maior de cobre, construída a 4.100 metros acima do nível do mar em um dos lugares mais remotos de Papua.
Em 2006 produziu mais de 610 toneladas de cobre, 58 de ouro e 174 de prata.
Cratera de Vredefort, África do Sul
É o maior impacto verificado até agora de um meteorito, com um diâmetro de 300 quilômetros. Aconteceu a aproximadamente 2 bilhões de anos quando um asteróide entre cinco e 10 quilômetros de diâmetro colidiu com a Terra.
Cratera de Manicouagan, Quebec, Canadá
Esta cratera tem entre 213 e 215 milhões de anos de antiguidade e destaca-se por uma ilha central de uns 100 quilômetros de diâmetro em torno de um lago, chamado a Reserva de Manicouagan.
Cratera de Wolfe Creek, Austrália Ocidental
Esta cratera mede uns 875 metros de diâmetro e calcula-se que aconteceu faz 300.000 anos pelo impacto de um meteorito.
Cratera Pingualuit, Quebec, Canadá
O nome dessa remota cratera de 1,4 milhão de anos vem da palavra inuíte "pingualuit" que significa "mancha de pele" que se forma no tempo frio. O lago de 300 metros de profundidade não tem conexão com qualquer outro corpo de água, tornando-se uma fonte de pesquisa valiosa para os cientistas que estudam registros sedimentares.
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