ONG polonesa colocou um rastreador GPS em uma cegonha e recebeu uma conta de 10.500 reais

A ONG ambientalista Grupa EkoLogiczna esperava que Kajtek, uma cegonha branca em que colocaram um localizador GPS com chip em 2017. Graças ao dispositivo conseguiriam observar os lugares em que Kajtek se alimentava e a rota que seguiria até a África no inverno. Do mesmo modo pretendiam seguir sua viagem de regresso a Polônia com a primavera deste ano, mas algo deu errado. Em seu lugar chegou uma conta telefônica de mais de 10.000 zlotis (uns 10.500 reais) que agora vão ter que pagar.

Segundo contou a própria ONG no Facebook -mas depois deletou o post devido a zoação-, a cegonha empreendeu a volta em 1° de fevereiro de 2018 e chegou ao vale do Nilo Azul, no Sudão, 10 dias mais tarde. Então, e por razões desconhecidas, Kajtek começou a mover-se de forma errática em trajetos de 25 quilômetros diários. Em 26 de abril, Grupa EkoLogiczna recebeu o último sinal do GPS.

Mas tiveram que esperar até 7 de junho para que uma grande fatura telefônica esclarecesse o caso. Alguém extraiu o cartão SIM do transmissor e passou a usar para falar por telefone: até 20 horas de telefonemas que geraram a referida dívida. A empresa não terá outro remédio do que assumir a "bronca".

De acordo com a BBC, o conhecimento da trajetória das cegonhas tem um papel importante na conservação destas aves migratórias. Os ambientalistas compartilham os dados de rastreadores GPS com os cientistas para avaliar seus hábitos, seu comportamento social e suas possíveis ameaças. Conquanto a cegonha não esteja em perigo de extinção, a industrialização e a drenagem dos banhados e pantanais quase a apagaram do mapa faz cinquenta anos.

O paradeiro de Kajtek? Ninguém sabe. Provavelmente arrumou emprego em uma maternidade em algum lugar do Sudão.

Fonte: SE.