Em função das estimativas, a indústria armamentística pode chegar a mover ao redor de 2 trilhões de dólares anuais. Pese a que o número vem decrescendo desde meados dos anos noventa, o tamanho do negócio ilustra até que ponto as armas seguem tendo um papel fundamental nas economias nacionais. Mas quais são as campeãs? |
Este gráfico de HowMuch, o site dedicado a explicar mediante ilustrações a escala da economia global, explica com perfeição: Estados Unidos e Rússia, as duas nações que protagonizaram o principal conflito político posterior à Segunda Guerra Mundial, seguem vendendo mais armas que ninguém. Os primeiros geram ao redor de 12 e bilhões anuais, respectivamente.
A escala oferece uma ideia do gigantesco investimento em infraestrutura e armamento utilizada por ambos países. O caso norte-americano é particularmente espantoso: sua despesa militar multiplica com sobras a do resto das nações do planeta. Mas nem sempre há correlação entre a despesa nacional em Defesa e o volume da indústria armamentística. Europa é o melhor exemplo disso: exporta muitíssimo, mas seus exércitos nem sempre se destacam.
Alemanha, França, Reino Unido, e Países Baixos seguem (a uma distância prudente). Os quatro superam o bilhão de dólares em vendas a outros países. Em tão seleto time também encontramos Israel e China. À fila aparecem outras potências europeias: Espanha, Itália, Ucrânia, Suíça ou Noruega acumulam exportações variáveis entre 800 e 134 milhões. Tão só uma asiática a mais: Coréia do Sul.
O monopólio da venda de armas é nítido: ocidental. Mas quem as compra? Aqui a leitura geopolítica é ainda mais interessante, porque revela muito sobre as possíveis alianças e os potenciais conflitos bélicos ao longo do planeta. A campeã de compra é Arábia Saudita: ela sozinha adquire mais de 4 bilhões de dólares anuais em forma de armas. Sua guerra fria particular e seu conflito com Iêmen custam bem caro.
O pólo de atração principal, no entanto, não é o Oriente Médio, senão o Sudeste Asiático. A Índia adquire a cada ano mais de 3 bilhões de dólares em armas. Indonésia, China e Coréia superam ou margeiam o 1 bilhão. Paquistão, Vietnã e Japão estão entre os 700 e os 500 milhões de dólares. E Bangladesh, Tailândia e Filipinas oscilam entre os 300 e os 270 milhões. O extremo asiático está-se armando de forma progressiva.
Por que? Os conflitos territoriais em torno do Mar da China Meridional, a particular agressividade exterior da Chinesa e a tensão entre as duas Coreias poderiam ajudar a explicar o fenômeno. De igual modo, o Oriente Médio também acumula alguns dos principais compradores: Iraque, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Israel e Kuwait são grandes importadores. Nenhum comparado com o Egito: 2 bilhões de dólares ao ano.
O Brasil é o terceiro exportador das Américas, atrás de EUA e Canadá, como módicos 45 milhões,. Curiosamente compra mais do que o dobro do que importa (103 milhões), segundo no quarto posto atrás de EUA, Canadá e México. O números falam por si só.
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