No ano passado, um tribunal de San Francisco, nos Estados Unidos, determinou que o herbicida RoundUp foi uma causa determinante no câncer do jardineiro Dewayne Johnson. O julgamento concluiu com uma ordem que obrigava a Monsanto (agora Bayer) a pagar 289 milhões de dólares por lançar no mercado produtos cancerígenos. Desde então começaram a surgir muitas outras pessoas com demandas similares e alguns achavam que isto podia ser um duro revés para esta empresa e sua agora companhia mãe. |
Mas as coisas deram uma leve reviravolta, pois outro juiz revisou o caso e o pagamento foi reduzido a 79 milhões de dólares e a Monsanto apelou de novo, sustentando que não existem evidências que vinculem causalmente seu herbicida com o câncer, algo que muitos dos organismos reguladores do governo de Estados Unidos concordam.
Assim, talvez o gigante do agronegócio, que é famoso não só por seus produtos aparentemente tóxicos senão também por um forte lobby entre cientistas e políticos, poderia voltar a salvar a sua pele.
No entanto, aqueles que se opõem a esta empresa acham que existe uma situação ainda mais importante e que poderia ser transcendental neste sentido. Acaba de começar um novo caso em San Francisco, em que acusam a Monsanto de ser responsável por produzir o câncer de Edwin Hardeman.
Este caso será julgado por outro juiz e alguns jornais acham que for bem sucedido contra a Monsanto-Bayer, então assentaria um precedente e as centenas de outros casos que já estão alinhados na fila teriam uma perspectiva muito favorável.
Espera-se que o julgamento dure 1 mês, após o qual poderemos saber se realmente esta empresa e, o que é mais importante, seus produtos, serão postos seriamente no banco dos réus.
Cabe aqui uma ressalva de que um cientista não é a ciência. O método científico é uma das maiores conquistas do ser humano, mas pode ser manipulada pelos cientistas lobistas que, em troca de dinheiro, formam um coletivo com interesses comuns realizando ações que influam diretamente ante a administração pública visando promover decisões favoráveis aos interesses de um determinado setor.
Há um par de anos, durante uma entrevista com o canal de TV a cabo francês Canal+, o cientista Patrick Moore afirmou que não havia nenhum perigo em tomar glifosato, o nome químico do RoundUp. Mas quando o apresentador ofereceu um copo do herbicida, ele prontamente recusou:
- "Não. Eu não sou estúpido!"
Isso é um bom lembrete a todos aquele que continuam a usar o "mata-mato" para manter o seu quintal livre de ervas daninhas. O aconselhável, neste caso, é comprar um boa enxada e aproveitar para fazer um exercício físico.
Fonte: SFGate.
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