Os estereótipos russos realmente correspondem a realidade?

Se você está se preparando para viajar para a Rússia, é bem provável que tenha se deparado com muitos clichês e trivialidades sobre os habitantes desse imenso país da Eurásia. Embora muitos deles sejam fatos sobre a cultura e o estilo de vida, alguns são apenas mitos ou exageros. É verdade que quase todos os russos são capazes de beber vodca como água, por exemplo, mas não é real a história de que fiquem ofendidos se você recusar uma dose, ainda que fiquem surpresos.

A babushka russa com um lenço enrolado na cabeça é real, brava e exige respeito em público. Não se surpreenda se uma delas cortar a sua frente na fila ou exigir seu assento no ônibus. Aceite com respeito, pois respeitar os mais velhos é quase uma religião para o povo russo.

Também há a história da corrupção estendia, mas não corresponde a verdade, mais do que em qualquer outro país desenvolvido. Apenas mantenha sempre o passaporte e não se meta em confusão e tudo bem. O russo adulto e sem influências americanizadas não "ri", porque acha desperdício, mas não perde uma boa chance de "sorrir".

O russo é realmente supersticioso e tem hábitos de bater na madeira e cuspir três vezes sobre o ombro para dar sorte. Mas a maioria das pessoas não acredita realmente que essas coisas funcionam, é só um costume muito enraizado.

Outras superstições russas incluem não apertar as mãos no limiar de uma porta, levar flores com um número par para funerais e números ímpares para celebrações, não assobiar dentro de casa, não sentar no chão frio, e não desejar feliz aniversário prematuramente.

Outro estereótipo é sobre os antiquados papéis específicos de gênero russos, mas isso também não corresponde a verdade em suas vidas cotidianas, tanto quanto os brasileiros, europeus ou orientais.

Mas um dos maiores estereótipos dos russos é sem dúvida cometer loucuras e a total insanidade no trânsito. Nesta semana, por exemplo, os enfermeiros de um hospital em Zelenodolsk, no Tartaristão, viveram uma situação grotesca, quando tiveram que convencer um paciente, chamado Vladimir, com uma faca nas costas, para que não deixasse o prédio para fumar. Sério! Eu não vou colocar o link aqui, mas se quiser ver essa barbaridade (eu recomendo vivamente para que não) terá que procurar no Google por "Пациент с ножом в спине прошелся по коридору больницы в Татарстане".

Estas insanidades russas e a direção ofensiva tem a ver com a abordagem fatalista com a segurança que muitos têm. Há uma ideia meio generalizada de que nós não somos os mestres da nossa existência e essas pessoas normalmente dirão que "a gente nunca sabe o que vai acontecer daqui a 10 minutos. Um tijolo ou um raio pode cair em sua cabeça sem nenhum aviso prévio".

Então, acham que é melhor fazer o que tem de ser feito sem avaliar muito os riscos. Evidentemente que se algo der errado, se levarem uma tijolada, vão avaliar melhor a situação da próxima vez.