40 kg de sacolas plásticas foi a causa da morte desta baleia nas Filipinas

A cada dia surgem novos depoimentos da situação crítica em que se encontra o meio ambiente por causa da atividade humana. Faz algumas semanas soubemos do aparecimento súbito de um grupo de ursos polares em uma região urbanizada na Rússia, uma sorte de exploração obrigatória pela perda de recursos para sua sobrevivência em seu habitat natural. Desta vez, a imagem que apresentamos é tanto ou mais impactante.

Na costa de Mabini, nas Filipinas, um grupo de biólogos encontrou uma baleia agonizante, à qual tentaram realizar uma intervenção que permitisse sobreviver. O cetáceo encontrava-se em um estado avançado de desnutrição e vomitava sangue continuamente, mas os cientistas mantiveram a esperança de poder ajudá-lo.

Seus esforços, no entanto, revelaram-se insuficientes, pois a baleia morreu poucas horas depois de encalhar na praia. Decepcionados, os biólogos levaram o corpo às instalações do Museu do Colecionador D'Bone -instituição onde trabalham- para analisar e determinar as causas de sua morte.

Sua surpresa foi maiúscula ao encontrar n o sistema digestivo do animal cerca de 40kg de plástico, em sua totalidade de sacos e sacolas de diferentes tipos, desde aqueles que usam habitualmente os clientes de um supermercado até outros de tipo industrial utilizados no armazenamento e transporte de mercadorias como arroz ou feijão, tudo isto de acordo com a descrição realizada por Darrell Blatchley, fundador do Museu D'Bone.

A baleia em questão era um exemplar da espécie conhecida como zífio ou baleia-bicuda-de-cuvier (Ziphius cavirostris), que se encontra em praticamente todos os oceanos do planeta; seu comprimento varia entre 6 a 7 metros e seu peso médio é de 3 toneladas; finalmente, sua longevidade média é de 40 anos.

De acordo com estatísticas recolhidas em 2010 pelo diário Wall Street Journal, as Filipinas é o terceiro país no mundo que mais descarta plástico nos oceanos, com uma estimativa de quase 1 milhão de toneladas métricas eliminadas nas águas marítimas. O primeiro país nesta vergonhosa classificação é a China, e o segundo é Indonésia; entre os países americanos, Brasil e Estados Unidos figuram nos postos 11 e 12 da classificação.

Se este tipo de acontecimentos não despertam nossa preocupação por um problema alarmante, que fará falta então? E depois não será muito tarde?