«Só restou o crânio»: Elefante pisoteia um caçador furtivo que depois foi comido por leões

Um elefante pisoteou um homem que tentava caçar furtivamente um rinoceronte, e uma alcateia de leões comeu depois seu cadáver no Parque Nacional Kruger, a maior reserva de caça da África do Sul. Três amigos da vítima fugiram do lugar dos fatos e avisaram à família do caçador, que entrou em contato com as autoridades do parque para localizar o corpo sem vida de seu parente. Na últimna sexta-feira, os guardas encontraram o único que restou do homem: o crânio e as calças.

- "Entrar no Parque nacional Kruger de maneira ilegal e a pé não é prudente, implica muitos perigos e este incidente demonstra", disse o diretor executivo do parque, Glenn Philips.

Ademais ele detalhou que os três acompanhantes do falecido foram presos e apreenderam dois rifles de caça e munições porque não tinham licença.

Os presos estão a disposição judicial, e uma investigação foi aberta para apurar o caso.

O Parque Nacional Kruger, uma área altamente protegida vigiada por absolutamente toda a extensão, desde cães até drones, dá refúgio a alguns poucas centenas de rinocerontes negros dos poucos milhares que restam no mundo, e que a Lista Vermelha da UICN considera que estão à beira da extinção. Acham que atualmente há ao redor de 5000, e quase todos vivem em zonas protegidas da África do Sul, Namíbia, Zimbábue e Quênia. O parque também alberga entre 6600 e 7800 rinocerontes brancos, dos quais há entre 19.600 e 21.100 exemplares concentrados nesses mesmos países.

Tanto o rinoceronte branco como o negro são afetados pela caça furtiva para a retirada de seus chifres, que são vendidos no mercado negro como uma forma de medicina alternativa e como símbolo de status. Só no ano passado o Serviço de Polícia sul-africano realizou 680 detenções por caça furtiva, das quais uns 417 estavam dentro e nos arredores do Parque Nacional Kruger.