Americano que ganhou 768,4 milhões de dólares na loteria preferiu receber um pagamento único de 477 milhões

Manuel Franco, morador de Wisconsin de 24 anos, reclamou ontem o prêmio da loteria Powerball de 768,4 milhões de dólares que ganhou no passado 27 de março. Trata-se do terceiro maior prêmio de loteria dos Estados Unidos, mas seu ganhador disse que "quase se sentiu afortunado" no dia que comprou seus bilhetes, mas depois que ganhou temeu que quisessem roubá-los e quase ficou paranoico com a possibilidade.

- "Tive uma paranoia ao achar que o mundo inteiro estava-me perseguindo", confessou o jovem. - "Pensei que alguém me seguia todos os dias. É difícil viver sua vida quando tem o bilhete que todos querem."

Franco, ao receber o prêmio, negou-se a falar de si mesmo e não disse como ganhava a vida. A única coisa pessoal que disse foi que deixou o emprego dois dias após ganhar. Disse que optou por um pagamento único. Isto é, 477 milhões de dólares em vez de toda a soma fracionada durante 29 anos. Manuel diz que fará algumas doações, mas deixou claro que nunca daria dinheiro a quem pedir.

Os dois maiores prêmios entregues pela loteria americana datam de janeiro do 2016, quando a Powerball repartiu 1,586 bilhões de dólares entre três ganhadores da Califórnia, Flórida e Tennessee, e outubro de 2018, quando uma pessoa da Carolina do Sul levou uma bolada de 1,537 do prêmio Mega Millions.

Nos Estados Unidos as loterias são administradas pelos estados e não pela federação. Tão logo ganhe, o apostador precisa decidir se quer receber o prêmio à vista ou a prazo. O pagamento único geralmente confere apenas metade do prêmio. Já a prazo, dependendo de cada estado, a média é de 20 prestações anuais.

Se isto lhe parece injusto, basta saber que no Brasil, apenas de 30% a 35% do total arrecadado em cada concurso vai para o bolso do acertador das dezenas da Mega-Sena, por exemplo.