A cultura K-pop vem ganhando popularidade em todo o mundo, mas na China é considerada uma tendência decadente que ameaça destruir o futuro da nação. Para combater essa "ameaça", um ex-professor fundou o Clube de Treinamento do Homem Real, um acampamento infantil que promete transformar garotos em machos alfa. O clube, sediado em Pequim, oferece aos membros uma variedade de atividades destinadas a aumentar sua masculinidade, como o futebol americano, wrestling e boxe. |
O fundador Tang Haiyan lidera os garotos batendo no peito e gritando o slogan gritando para aumentar sua confiança, e os faz usar bandanas com as palavras "Real Man". Até mesmo seus uniformes de treino apresentam frases em inglês como "Tudo é Possível" ou "Líder de Poder". Tudo isso é feito para desenvolver o caráter dos meninos para se encaixar na percepção de Tang de masculinidade, e torná-los imunes à mácula da cultura K-pop.
Tang está convencido de que os homens são os pilares de uma família e de um país, mas ele teme que a próxima geração chinesa não possa cumprir seu papel por causa das influências externas promovidas pela mídia. Ele acha que o K-pop inspirou ídolos pop com beleza delicada, cabelos tingidos e roupas pomposas que estão arruinando os jovens do país, tornando-os moles e chorões.
Uma vez inscritos no Clube de Treinamento do Homem Real, os meninos não podem mais confiar em seus pais para tudo. Não são permitidas chamadas telefônicas ou visitas familiares durante uma semana inteira, e o choro é simplesmente ignorado. Eles se envolvem em atividades físicas que alguns pais podem considerar ásperas, mas Tang insiste que eles são importantes para construir coragem e garra dos meninos.
Seu campo de treinamento costuma flutuar entre 2.000 e 3.000 alunos, principalmente meninos problemáticos e de baixo desempenho, cujas famílias acreditam em valores tradicionais chineses.
Um declínio na masculinidade tornou-se motivo de preocupação na China, com a televisão nacional adotando medidas extremas (e hilárias) para evitar a disseminação de influências estrangeiras, como obscurecer as orelhas dos homens que por acaso estejam usando brincos.
Tang acredita que seu acampamento oferece uma educação masculina que a maioria dos meninos chineses não tem. Em casa, são as mães que lidam com a maior parte da educação e, na escola, 90% dos docentes são mulheres. Eles não têm modelos masculinos suficientes, e é por isso que ele só contratou homens como instrutores.
Fonte: LA Times.
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Comentários
Parabéns!
É assim que se constrói o futuro da nação!
Não sei se o problema seria falta de "masculinidade" não viu. Acho que o problema hoje é falta de fibra. Independente da orientação sexual, a molecada hoje tá muito fresca, chorona, sensível. Desmoronam com uma crítica, desistem só de imaginar os obstáculos.
Acho que o acampamento aí da matéria, com uma revisão de valores, ia ser uma boa, até pra quem gosta (com todo direito) de K-pop (mas que é uma bosta de música, isso é).