A vegana das 'galinhas violadas' agora arremete contra a vara de pescar

- "A pesca não é esporte, é um assassinato e a vara de pescar é um arma de matar, outra arma mais deste sistema capitalista, opressor para matar animais e utilizá-los como recursos", denuncia a vegana Fanny, integrante do santuário animal espanhol Almas Veganas, em um de seus vídeos em que carrega contra a discriminação por espécie, conhecida como especismo, segundo dica via e-mail do amigo Roger Laz.

A jovem assegura que os peixes são livres e têm todo o direito de seguir vivendo sem que ninguém venha matá-los. Além de mensagens contundentes, a tentativa de usar a linguagem inclusiva é outra característica que se destaca nos vídeos desse coletivo, que sustenta que as "persones humanes" ("pessoxs humanxs") são muito diversas e por tanto há que incluir a "todes" (todxs).

A ativista faz questão de ressaltar que os animais têm direito a viver em seu habitat natural e a sua forma:

- "Não é porque não estejam criando cidades, tecnologias ou falem como nós não significa que não tenham seus direitos —como indivíduos que são— a viver deste planeta, porque não é nosso. Que cremos? Que não têm sentimentos, que não têm sistema nervoso, que não têm vontade de viver? Não nos enganemos, que não te enganem", reclamou.

Em suas tentativas de criar consciência sobre a "escravidão animal" Almas Veganas já se pronunciou em outros vídeos sobre o destino das galinhas, afirmando que "os ovos são das galinhas" e que em seu refúgio de animais separaram as galinhas dos galos para evitar que fossem violadas, e que possam viver uma vida digna.

O vídeo gerou reboliço nas redes sociais de língua hispânica e suscitou uma onda de deboches e insultos. Meios de comunicação da Espanha fizeram eco de sua postura a nível nacional e foram inclusive entrevistadas ao vivo, que as próprias integrantes do coletivo criticaram por sua suposta intenção de ridicularizá-las.

Fanny também falou no programa "Espelho Público" do canal Antena3 em que um granjeiro espanhol, Juan Carlos, desmentiu as afirmações da vegana. O jovem já protagonizou seu próprio vídeo que gravou em resposta às ativistas explicando, entre outras coisas, que "os galos não violam às galinhas" e as galinhas põem ovos a cada 28 horas. O vídeo foi compartilhado pelo partido VOX e se tornou viral.

No mesmo programa, Fanny também enfrentou críticas da jornalista Maria Jamardo por esta cruzada promovida contra os onívoros:

- "Faça o que queira em sua casa, mas que venha moralizar o restante humanizando animais que não têm personalidade quando desumaniza as pessoas, não vai dar nenhuma lição moral", declarou.