Não uma senão muitas possíveis catástrofes conspiram sobre o manto terrestre, que está em perigo e por isso os humanos têm que se mudar para Marte e outros planetas do sistema solar antes de que seja muito tarde, afirmou a cientista polonesa Weronika Śliwa, do Planetário do Centro Científico Copérnico em Varsóvia, durante entrevista com a Agência Polonesa de imprensa. De acordo com a especialista, entre essas ameaças encontram-se os riscos de impacto de asteróides, surtos de raios gama, ejeções de massa coronal e tempestades solares. |
- "Nosso planeta está em perigo de sofrer várias catástrofes cósmicas e fenômenos que poderiam aparecer inesperadamente em sua superfície. Seria melhor se a humanidade, pouco a pouco, começasse a pensar em assentar o pé em outros corpos celestes do sistema solar e talvez mais tarde se mudar para mais longe", insistiu.
Weronika não deixa de levar em conta que cada missão deste tipo supõe um risco para as tripulações e terá um custo muito alto.
- "Custará mais do que qualquer governo estaria disposto a gastar", acrescenta a cientista. Apesar dos muitos obstáculos, ela está convencida de que já atualmente há mais que suficiente capacidade tecnológica para enviar uma missão a Marte.
- "Desde o ponto de vista comercial, por agora, não vemos nenhuma rentabilidade a esse tipo de missão, mas, basicamente, nenhuma missão exploratória que faça algo pela primeira vez é rentável", concluiu.
O alerta de Weronika é válido e necessário, mas por outro lado dá como estabelecido que os humanos acabarão formando grandes colônias sobre a superfície de Marte. O que ela e muitos outros não percebem são os desafios monumentais -se não impossíveis- que aguardam aos colonos que desejem viver permanentemente ali. A não ser que adaptemos radicalmente nossos cérebros e nossos corpos ao duro meio marciano, o planeta vermelho permanecerá para sempre fora de nosso alcance.
Apesar destes e outros problemas, já existe a crença popular de que é fácil "terraformar" Marte. O CEO da SpaceX, Elon Musk, está projetando colônias em Marte para a década de 2050, ainda que o astrobiólogo Lewis Darnell, professor da Universidade de Westminster, fornece uma estimativa mais modesta, dizendo que passarão entre 50 e 100 anos antes de que um número considerável de pessoas se mude para Marte para viver em cidades autossuficientes. Uma das ideias mais ambiciosas até agora é a dos Emirados Árabes, que pretendem construir uma cidade marciana de 600.000 habitantes em 2117.
Lamentavelmente, tenho que dizer que tudo isto é ficção científica, literalmente. Ainda que não haja dúvidas de que em algum momento os humanos eventualmente visitarão Marte e inclusive construirão ali uma ou duas bases, a noção de estabelecermos colônias habitadas por centenas ou milhares de pessoas não cobra nenhum sentido e é uma negação absoluta dos tremendos desafios que proporia algo assim.
Estou escrevendo um artigo especial intitulado "Porque os humanos dificilmente colonizarão Marte", elencando uma série de desafios que não estão ao alcance da nossa tecnologia atual, ainda que já provamos ser bichos muito adaptáveis.
Lógico que devemos tentar tornar realidade esta perspectiva futurista, mas até então, devemos assegurar-nos de que a Terra, o único planeta habitável que conhecemos, se mantenha assim... habitável.
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Comentários
Ridículo. Bem mais fácil fugir do que enfrentar as cagadas que fizemos, não é? O ser humano se adapta a este planeta há dezenas de milhares de anos. Enquanto não conseguirmos nem resolver nossos problemas básicos aqui, onde dispomos de recursos e tecnologia, que dirá em outro planeta? Cada abobrinha...