Engenheiro da NASA apresenta o conceito de uma nave que voaria quase a velocidade da luz

Uma nave espacial capaz de viajar para estrelas remotas à velocidade da luz é possível, afirmou o engenheiro da NASA David Burns ao apresentar seu conceito de motor helicoidal, que não requer combustível para gerar impulso. A polêmica ideia de Burns baseia-se em explorar a forma em que a massa pode alterar em velocidades relativistas, isto é, aquelas que se aproximam à velocidade da luz no vácuo.

No entanto, essa possibilidade não foi até agora considerada por especialistas. E mais: seu conceito viola as leis da física tal como conhecemos.

- "Sinto-me cômodo propondo isto", disse Burns. - "Se alguém disser que não funciona, serei o primeiro em dizer que valeu a pena tentar."

Para explicar o princípio do hipotético motor, Burns descreveu uma caixa com uma carga em seu interior, mas sem contato com a superfície. As extremidades da carga estão unidas por molas que a conectam às paredes da caixa. O efeito é que, no vácuo, a caixa oscilará, enquanto a carga permanecerá imóvel. Se a massa da ônus aumentar repentinamente durante as oscilações, isto provocará um impulso.

De acordo com a relatividade especial, os objetos ganham massa à medida que se aproximam da velocidade da luz. Então, se o peso for substituído por íons e a caixa por um loop, em teoria, pode-se conseguir que os íons se movam mais rapidamente em uma extremidade do loop e mais lentamente na outra.

Mas o "motor Burns" não é um único circuito fechado. É helicoidal, como uma mola esticada, daí o termo "motor helicoidal".

Nessas circunstâncias, os íons são a carga e a caixa é o circuito no qual as partículas se movem. Os íons aceleram a velocidades relativísticas moderadas, após o que sua massa começa a mudar um pouco. Eles se movem para frente e para trás ao longo do contorno, criando impulso em uma certa direção.

No caso de um motor helicoidal, a espiral deve atingir cerca de 200 metros de comprimento e 12 metros de diâmetro, de acordo com os cálculos de Burns. Além disso, serão necessários 165 megawatts de energia para produzir um Newton de impulso .

No entanto, Burns acredita que sua proposta tem potencial para o futuro, em condições de um ambiente de baixo atrito, como o espaço sideral.