Conquanto começaram alimentando-se de frutos da palmeira, o que mais comeram foram ratos, o que, depois de vários meses de debate, poderia ser uma solução às plantações de palmeiras.
Segundo explicaram os pesquisadores em seu trabalho recentemente publicado em Current Biology, a cada ano os ratos podem reduzir a produção geral do azeite, o que resulta em uma perda de rendimento de aproximadamente 10%. Para a coautora do estudo, Nadine Ruppert:
- "Ficamos surpresos a primeira vez que observamos os macacos se alimentando de ratos nas plantações", disse Nadine. - "Não esperava que caçassem estes roedores relativamente grandes ou que inclusive comessem tanta carne. São amplamente conhecidos por ser primatas frugívoros que ocasionalmente se deleitam com pássaros pequenos ou lagartixas."
No entanto, esta estranha dieta tem o potencial de atuar como agente de controle biológico de pragas. De fato, contam no estudo que cada grupo é capaz de reduzir as populações de ratazanas em aproximadamente 3.000 indivíduos a cada ano, o que poupa os agricultores ao redor de 100 dólares por hectare. Segundo Anna Holzner, a outra autora do estudo:
- "Ao descobrir cavidades em troncos das palmeiras onde os ratos buscam refúgio durante o dia, um grupo de macacos-de-cauda-de-porco-do-sul pode capturar mais de 3.000 ratos por ano."
Se os números dos pesquisadores corresponderem a verdade, as estimativas sugerem que os macacos podem reduzir a perda de rendimento de 10% em uma plantação de pouco mais de 400.000 hectares, o que equivale a mais de 600.000 dólares.
A importância deste fato reside no polêmico uso do azeite de palmeira (para quase tudo), desde óleo de cozinha e cosméticos até bicombustíveis, segundo o World Wildlife Fund. E à medida que aumenta a demanda internacional, também aumenta o desflorestamento, os conflitos entre humanos e vida selvagem, os impactos ecológicos e a perda de biodiversidade que ameaça muitas espécies.
Os autores do novo estudo finalizam realçando a importância global de melhorar a produção sustentável de azeite de palmeira, incluído o uso de um controle eficiente de pragas ecológico. Em última instância, isto pode conduzir a uma situação de benefício mútuo tanto para a biodiversidade como para a indústria do azeite de palma.
Fonte: SciAl.
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