Chama-se Benjamin Schreiber, de 66 anos, e é um preso condenado a prisão perpétua por assassinato. Seu caso abriu um debate nos Estados Unidos. Depois de sofrer um colapso na prisão que o levou a uma "morte momentânea", os médicos conseguiram ressuscitá-lo até 5 vezes. Schreiber alega que tecnicamente cumpriu sua pena. Por suposto, a resposta dos juízes foi clara desde o primeiro momento: um não rotundo. |
A explicação foi dada pela juíza Amanda Potterfield, argumentando que morrer por um breve período de tempo não equivale a cumprir uma pena e sair do cárcere.
Desta forma, o Tribunal de Apelações de Iowa opinou que o homem permanecerá em prisão até que um médico forense determine que está morto para sempre.
- "Schreiber agora está vivo, em cujo caso deve permanecer na prisão, se estiver morto esta apelação seria discutível", escreveu Amanda.
Ao que parece, Benjamin está na cadeia desde 1996, quando foi acusado da morte de John Dale Terry, de 39 anos, cujo corpo foi encontrado perto de um reboque abandonado em Iowa. Os promotores sustentaram que Benjamim, que então tinha 43 anos, tinha conspirado com a noiva de John antes de matar o homem a golpes. Um júri concluiu que ele era culpado de assassinato em primeiro grau, e em 1997 foi sentenciado a prisão perpétua sem direito a liberdade condicional.
Passaram duas décadas, até que em março de 2015 caiu inconsciente e foi transladado com urgência ao hospital. Benjamin tinha uma grave intoxicação séptica e desenvolveu problemas renais que lhe faziam urinar internamente. Finalmente, os médicos devolveram-no à vida administrando epinefrina através de uma injeção intravenosa.
No mês de abril de 2018, o recluso solicitou o fim da condenação alegando que estava preso de forma ilegal. Seu argumento: ele acreditava que sua sentença terminaria com sua morte, e esta tinha acontecido três anos antes, quando seu coração parou por instantes.
Um caso que não deixa de ser curioso, mas como o próprio Tribunal de Apelações opinou, o fato de que Benjamin possa apresentar uma moção legal solicitando sua libertação, em si mesmo confirma o estado atual do peticionário como vivo.
Por verdade, em sua apelação, Benjamin também argumentou que os médicos violaram seus direitos ao não seguir sua ordem de "não ressuscitá-lo". Aparentemente, o pessoal do hospital tomou a decisão após consultar o irmão do recluso, que só consentiu que lhe dessem medicamentos para aliviar sua dor.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários
Mas a prisão é perpetua, enquanto estiver vivo. Continua vivo. Se fosse pena de morte, estaria livre, pois ja morreu.
Ta serto