Universidade permite que estudantes deitem em um túmulo para se reconciliar com sua mortalidade

A Universidade Radboud, na cidade holandesa de Nijmegen, levantou algumas sobrancelhas com seu "túmulo de purificação", um buraco no chão em que os alunos podem se deitar por até três horas para refletir sobre o que é importante para eles. A "cova da purificação" é ao mesmo tempo uma forma moderna de memento mori e um convite para pensar sobre o que é realmente importante na vida.

Inicialmente escavada em 2009, a cova fazia parte de um projeto de dois anos que terminou em 2011. No entanto, parece ter voltado este ano, provavelmente pela demanda popular. Os estudantes da universidade e os da Universidade de Ciências Aplicadas HAN vizinha podem se inscrever para se deitar no buraco de vários metros de profundidade por 30 minutos até três horas. Eles não podem levar seus celulares ou livros com eles para o túmulo, permitindo que se concentrem no ambiente e em seu inevitável desaparecimento.

Apenas 39 pessoas participaram do projeto durante o período de 2009 a 2011, mas desde que a sepultura foi escavada em junho, dezenas de pessoas já experimentaram. A secretária da igreja, Ilse Hubers, disse que algumas pessoas usam a sepultura todos os dias da semana, alguns dos quais encontram descanso completo e outros que são desencadeados pela experiência.

- "Não há distrações. Você realmente precisa ficar deitado e pensar nas coisas", disse a estudante Feona Kane. - "Você sabe quando as pessoas dizem que têm epifanias quando estão no banheiro e se esquecem de levar o celular, ou o que quer que seja? É assim, mas de propósito."

John Hacking, capelão da igreja estudantil e o homem que cavou a “cova da purificação”, disse que deitar na cova não é o mesmo que estar morto, ou mesmo fingir estar morto, é apenas um convite para fazer algo da sua vida.