O preço do metal mais caro do mundo supera já cinco vezes ao do ouro

O preço do ródio, um metal extremamente raro utilizado na indústria automotiva mantém a elevação iniciada faz já em vários anos, aumentando 32% só em 2020 me registrando seu máximo desde 2008. Este metal do grupo da platina, usado em a construção de catalizadores de carros, encareceu em 225% em um ano e seu preço multiplicou-se por 12 nos últimos quatro anos, superando o das principais matérias primas devido à crescente demanda do setor automotriz e ao endurecimento das normas de emissão de gases para os automóveis. Lógico que isso também chamou a atenção dos ladrões que roubam os catalizadores em plena luz do dia (ver vídeos).

O preço do metal atingiu os 8.000 dólares por onça na sexta-feira passada, segundo a empresa química Johnson Matthey, e alguns especialistas não excluem que possa chegar aos 10.000 dólares, um valor já registrado em 2008.

- "A maior causa de elevação no início de janeiro foi a demanda física na Ásia, provavelmente também relacionada com os automóveis. As compras alentaram mais vendas e o efeito foi em massa no mercado não regulado, causando uma dinâmica de preços vista provavelmente só em uma década", comentou Andreas Daniel, corredor da refinaria Heraeus Holding.

Investir em ródio é mais difícil que fazer em outros metais precisos porque não é vendido nas bolsas. O mercado de ródio é considerado como limitado e a maioria dos negócios são efetuados entre os fornecedores e clientes industriais.

Este produto da mineração da platino e do níquel é o metal mais caro do mundo. Uma tonelada do córtex terrestre contém tão só 0,001 gramas de ródio, um material caracterizado por seu alto ponto de fusão e propriedades anticorrosivas destacáveis.

Suas propriedades refletoras são aproveitadas em artigos como espelhos, refletores e joias. Os maiores produtores de ródio são a África do Sul, Rússia e Canadá.