Empresa japonesa cria uma caneca que agita a bebida sem a necessidade de pilhas ou eletricidade

Uma dessas comodidades desnecessárias, mas tremendamente inteligente, dentro de uma nova era de ousadas conveniências. A inovação é uma ideia antiga colocada em prática pela empresa japonesa Aumix: uma caneca com um design discreto, apropriado para inovadores de TI, que tem um rotor interno que agita sua bebida favorita automaticamente, o que significa que você nunca precisará tocar uma colher ou um agitador para fazer café instântâneo, chá, chocolate ou qualquer outra bebida quente, que necessite ser misturada a um pó ou líquido concentrado.

A parte mais surpreendente da caneca, segundo dica do amigo Rusmea, via Facebook, é que não requer bateria, nem qualquer outra fonte de energia elétrica externa para ser usada, pois seu rotor é alimentado pela própria água quente utilizada para fazer a bebida.

De acordo com os designers da empresa, 320 mililitros de água fervente perde cerca de 60.480 joules de energia à medida que esfria a uma temperatura suportável para a degustação. Então, em vez de deixar o calor evaporar no ar, a caneca a absorve e transforma em energia cinética, girando o rotor da caneca e misturando a bebida.

A caneca é especialmente adequada para bebidas às quais você deseja adicionar leite, açúcar, mel ou outras melhorias, sempre que seja com água quente, já que o excesso de calor é a fonte de energia.

As canecas Aumix foram ofertadas inicialmente por meio de uma bemsucedida campanha de crowdfunding, agora concluída, no site japonês Campfire. No entanto, considerando que a campanha superou mais de 7.600% de sua meta, provavelmente não demorará muito para que logo tenhamos estas canecas nas prateleiras.

Mas como diabos esta caneca consegue mover o rotor só com água quente? Para responder isso temos que viajar até o ano de 1816, quando o pastor escocês Robert Stirling, junto com seu irmão, inventou o motor Stirling, conhecido também como motor a ar quente, como alternativa mais segura às máquinas a vapor que explodiam com muita frequência. De fato, o motor Stirling tem grande semelhança estrutural e teórica com o motor a vapor.