Americana grava um passageiro empurrando seu assento reclinado em um avião e afirma que a aeromoça ficou do lado dele

Nos já abordamos este assunto no MDig um par de vezes e inclusive aventamos que os assentos da classe econômica deviam ser todos fixos. Veja, por exemplo o que aconteceu recentemente, quando uma mulher que voou com a companhia aérea American Airlines desatou um debate nas redes sociais ao publicar no Twitter um vídeo, que mostra como um homem sentado atrás dela sacode seu assento, irritado porque ela o reclinou. E ainda que o tweet foi publicado no passado fim de semana, os usuários ainda discutem sobre quem tinha razão.

O incidente ocorreu em 31 de janeiro, quando Wendi Williams abordou um vôo em Nova Orleans para de Charlotte, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. A mulher, indignada, conta que decidiu gravar o insólito comportamento de seu vizinho de trás, que pretendia que ela recolhesse seu assento.

- "Aqui está o imbecil! Estava com raiva porque reclinei meu assento e o sacudiu umas 9 vezes, até que comecei a gravá-lo e cessou seu comportamento", escreveu a mulher.

Mas não foi este o único motivo que passageira descarregou sua ira. Segundo disse, a aeromoça ficou do lado do homem e, depois de repreender a atitude de Wendi, deu uma dose de rum a ele.

- "Ela [a aeromoça] revirou os olhos e me disse: 'Pra que isso?'" Então falou que ele estava ali apertado e lhe deu um rum. E me pediu para apagar o vídeo, porque que é ilegal gravar vídeos em um avião, contou a passageira em outro tweet, assegurando que quando pediu seu nome, a aeromoça impôs um aviso de perturbação dos passageiros.

Wendi explicou que o incidente se iniciou quando o homem pediu que ela pusesse seu assento na posição vertical porque estava comendo, e voltou a reclinar uma vez que ele terminou. Agora, como consequência do percalço, afirma que está sofrendo de fortes dores e tem o movimento limitado.

A passageira também informou em outra publicação que a companhia a contatou e se desculpou, mas não assumiu nenhuma responsabilidade pela atitude da aeromoça.

Depois que a história foi publicada, os usuários das redes se dividiram em suas opiniões sobre tais procedimentos, tanto por parte da mulher como do passageiro de trás. Alguns mostraram seu apoio a Wendi, enquanto outros optaram por defender o problema vivenciado pelo homem da fila posterior.

- "É ridículo que as pessoas digam que não deve reclinar seu assento. É uma opção, por uma razão: está completamente dentro de seu direito. Se precisa mais espaço, deveria ter conseguido um assento que o acomodasse. Por que deveria ela ser a incomodada? Pagou por seu assento", opinou uma tuiteira.

- "Ambos estão equivocados. Mas reclinar seu assento quando está voando em um avião é, literalmente, a coisa mais egoísta e desconsiderada que uma pessoa pode fazer. Literalmente, arruína a experiência de viagem da pessoa sentada atrás de você.", sustentou outro usuário.

Como já falamos em outro artigo, existe um truque perverso para fazer a pessoa da frente levantar o assento rapidinho, mas que também pode terminar em briga. É uma situação complicada. Por um lado, algumas pessoas justificam o reclinamento do assento porque, se existe, é para ser usado. Já os prejudicados dizem, por sua vez, que estão sendo tolhidos em seu espaço e que também pagaram por ele. Ambos tem razão, mas essas discussões nunca vão levar a nada. As únicas culpadas disso são as empresas aéreas que diminuíram os espaços entre um assento e outro para poder transportar mais passageiros e otimizar seus ganhos.

Mandar um ou outro procurar a classe executiva ou luxo é de uma hipocrisia sem tamanho e já explico: um estudo de ergonomia feito há um par de anos atrás concluiu que uma pessoa maior que 1m73 não pode reclinar seu banco, se o da frente estiver reclinado, porque seu joelho não permite. Dessa forma ela deve ficar com a poltrona na posição normal e com o assento dianteiro praticamente em seu peito. Nem levantar de seu assento é possível.

O problema é que uma passagem na executiva custa de duas a 5 vezes mais e na luxo de 7 para cima. Em um voo de uma ou duas horas, por exemplo, eu não me incomodo de ficar de pé, mas isso já não rola se tiver que atravessar o Atlântico.

Como tenho quase 2 metros de altura, para evitar discussões compro a econômica plus com maior distância entre os assentos, mas nem toda companhia tem essa comodidade que geralmente custa o dobro. Mas se a empresa não brindar este tipo de serviço, eu peço para o passageiro da frente levantar o banco para que eu possa levantar para ir ao banheiro. Quando volto peço de novo. Geralmente isso basta para que ele empatize com o meu problema.

Algumas vezes também fui convidado pela tripulação a ir para a executiva por causa disso. Exatamente por isso sou da opinião de que os assentos da econômica deviam ser todos fixos. Joelhos agradeceriam e as discussões terminariam. Fim!