Duas turistas riscam seus nomes em uma das obras mais destacadas de Rafael no Vaticano

As imagens de alguns rabiscos sobre na superfície de um afresco do pintor italiano Rafael, na cidade do Vaticano, feitos aparentemente por duas turistas ucranianas, se tornaram virais na Rede desde que foram publicadas na semana passada. A pichação foi gravada em vídeo por um visitante de uma das quatro salas, do segundo andar do Palácio Apostólico da Santa Sé, que foram decoradas pelo célebre mestre do renascimento e seus discípulos entre 1508 e 1524.

O afresco danificado é "A escola de Atenas", pintado entre 1510 e 1512, considerado uma das pinturas mais destacadas de Rafael.

"Lena", "Tamara", reza o autógrafo, que acrescenta "Vínnytsia", que supostamente seria a cidade de origem de suas autoras, localizada no sudoeste da Ucrânia.

- "Em geral não costumo insultar ninguém, mas Lena e Tamara de Vinnytsia, que rabiscaram isto em um afresco de Rafael, são duas completas... escolham vocês mesmos a palavra. É o mais horrível que pode ser feito", comenta a voz por trás de câmera, e continua:

- "Imaginem só, são pinturas de Rafael, e as pessoas vem e fazem isto. Simplesmente é horrível, é uma barbaridade. Lena e Tamara não são boas pessoas."

A publicação causou grande indignação entre os internautas, que condenaram de maneira unânime as turistas e assinalaram que, a julgar pela cor de tom claro dos rabiscos, estes teriam sido feitos recentemente.

No entanto, esses danos à obra de arte já tinham sido notados por um blogueiro israelense, chamado Michael Lin, em 2015, que compartilhou uma imagem da pichação, mas cuja denúncia não se tornou viral à época.

De fato, a foto de Michael (a primeira neste artigo) mostra que o afresco estava bem judiado e pichado. Ao que parece, comparando a foto com o vídeo, o Vaticano tentou restaurar a obra com uma limpeza superficial, mas que não surtiu efeito na "assinatura" das ucranianas porque foi feito provavelmente com um objeto cortante.