Um boiadeiro descobre os fósseis de quatro gigantescos tatus do Pleistoceno na Argentina

Uma equipe de arqueólogos e paleontólogos desenterrou quatro fósseis de gliptodonte, o gigantesco antepassado do tatu, após um boiadeiro encontrar os restos no leito seco de um riacho de Bolívar, na região central da Argentina, quando levava seu gado para pastar. Segundo explicou o arqueólogo Pablo Messineo, quando começaram as escavações esperavam encontrar dois gliptodontes, mas logo perceberam duas carapaças a mais.

É a primeira vez que encontram quatro gliptodontes juntos, e é um achado interessante porque os registros existentes até agora davam conta que o animal tinha uma vida solitária.

O gliptodonte era um mamífero de grande tamanho que habitava os campos do que é hoje os pampas argentinos. Ainda que será necessário mais estudos para confirmar, os pesquisadores acham que os fósseis estavam enterrados em um sedimento do Pleistoceno final, pelo que morreram faz mais de 20.000 anos, provavelmente emperrados no barro quando foram tomar água.

O estudo dos fósseis e a geologia da região poderia revelar novos detalhes sobre o ambiente no qual viviam estes animais até sua extinção, faz 10.000 anos, quando chegaram os primeiros humanos nos pampas.