Héctor Aníbal Gimenez, mais conhecido como "Pastor Gimenez" na Argentina, foi recentemente criticado por tentar lucrar com a pandemia global de coronavírus ao vender "gel antibacteriano bento" a seus seguidores. O pastor evangélico foi denunciado na quarta-feira passada ao Ministério Público por um advogado que disse que o álcool em gel estava sendo oferecido no Templo das Ondas de Amor e Paz, localizado no bairro de Almagro, em Buenos Aires. |
A denúncia mencionava que os frascos de gel também estavam sendo vendidos na página da igreja no Facebook, onde foram promovidos como "bentos" por Gimenez para fornecer proteção contra o novo coronavírus.
Gimenez, que foi processado por fraude durante os anos 90, obviamente negou as acusações, dizendo que estava apenas sendo sarcástico quando disse aos fieis de sua igreja que cobraria 1.000 mil pesos argentinos, algo em torno de 80 reais. Quanto à alegação de que o gel protegeria as pessoas contra o coronavírus, o pastor disse que a própria Bíblia afirma que para os crentes - "...tudo é possível e eu estava apenas incentivando as pessoas a manter as mãos limpas."
Infelizmente para Gimenez, existem vídeos on-line que mostram ele vendendo o gel bento nos cultos da igreja e pedindo o dinheiro.
- "Gostaria de conseguir gel antibacteriano para todos vocês, para colocá-lo em todas as suas mãos, mas tenho apenas doze frascos disponíveis e quero que eles representem sua família, representem aqueles que podem fazer um pacto", disse Gimenez, acrescentando - "Péra, um minutinho... Quem vier aqui, vai ter que me dar mil pesos. Então não se apurem."
Confrontado durante uma entrevista na TV, o pastor tentou explicar que ele estava sendo sarcástico quanto ao preço, e que só usava o gel durante um ritual para impedir a infecção por coronavírus. Ele acrescentou que suas palavras também foram tiradas de contexto.
- “Nós não estávamos vendendo o gel. Eu ia ungir meus discípulos com tuberosa pura. A tuberosa foi usada para ungir Jesus quando ele teve que morrer na cruz. A unção é feita segurando as mãos. Eu tenho que tocar nas mãos dos meus discípulos e, como você não pode tocar nas mãos das pessoas (devido à pandemia de coronavírus), usei o gel antibacteriano para colocar a tuberosa pura e ungir meus discípulos. Eram apenas para eles 12", disse o pastor.
Pressionado sobre o assunto, e acusado de tirar proveito de seus seguidores, Gimenez terminou abruptamente a entrevista. Várias horas depois, ele foi denunciado criminalmente e agora pode ser sentenciado entre quinze dias a um ano de prisão.
Héctor Aníbal Gimenez não seria o primeiro "homem de Deus" a usar o surto de coronavírus para induzir seus seguidores a pensar que ele tem um presente especial. Alguns dias atrás, escrevemos sobre um pastor africano que disse à sua congregação que estava se preparando para viajar para a China e enfrentar o novo coronavírus. Também reportamos a história do Reverendo Jim Bakker, um televangelista embusteiro que vendia uma solução como panaceia para a covid-19.
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