A vacina contra o coronavírus da Universidade de Oxford resultou bem-sucedida em macacos

Uma vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo Instituto Jenner da Universidade de Oxford, foi provada exitosamente em macacos. Os especialistas preveem compartilhar os resultados com a comunidade científica na próxima semana e submeter o estudo à correspondente revisão por pares. Uma inoculação de dose únicas foi aplicada no mês passado em seis macacos Rhesus no laboratório Rocky Mountain dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, em Montana.

Posteriormente, os animais foram expostos a grandes quantidades do vírus SARS-CoV-2, com as quais já tinham adoecido outros macacos nas instalações. 28 dias depois, os seis macacos que portavam a vacina permaneceram saudáveis.

- "O macaco Rhesus é o primata mais parecido aos humanos", disse um dos pesquisadores, Vincent Munster. Após este sucesso, os cientistas planejam provar a inoculação em mais de 6.000 pessoas no fim do próximo mês.

Em caso que ratifiquem sua efetividade, os especialistas acham que milhões de doses da vacina poderiam estar disponíveis para humanos em setembro. Para isso, seria necessário contar com uma aprovação de emergência dos organismos reguladores.

Em caso de conseguir a aprovação, a universidade britânica se converteria a primeira instituição em conseguir uma vacina contra o coronavírus e o faria muito antes do previsto pelos organismos de saúde, que prognosticam um prazo de vários meses amais antes de encontrar uma imunização que ajude a controlar a pandemia.

No entanto, os especialistas esclareceram que a imunidade atingida em os macacos não garante que a vacina proporcione o mesmo grau de proteção para os humanos.

Outra boa notícia nos chega do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, também dos Estados Unidos. O diretor do órgão, Anthony Fauci, anunciou hoje mais cedo que um ensaio federal do medicamento antiviral remdesivir mostrou que o fármaco tem um claro efeito positivo em a diminuição do tempo de recuperação da covid-19.

Concretamente, o tempo médio de recuperação para os pacientes que tomaram o medicamento foi de 11 dias, em comparação com os 15 no grupo de controle que tomou placebo.

Previamente, os Institutos Nacionais da Saúde comunicaram que o remdisivir foi eficaz no tratamento de primatas com a covid-19. Em um ensaio, dois grupos de seis macacos rhesus foram infectados intencionadamente com o vírus. 12 horas após a infecção inicial, um dos grupos recebeu sua primeira dose do medicamento, seguido de uma dose de reforço diário durante seis dias.

- "O tratamento precoce com o medicamento antiviral experimental remdesivir reduziu significativamente a doença clínica e o dano nos pulmões dos macacos infectados com SARS-CoV-2", declararam os pesquisadores.