O escritório do diretor de Inteligência Nacional, o chefe da comunidade de inteligência (CI) dos Estados Unidos, informou que a comunidade está de acordo com o amplo consenso científico de que o vírus da covid-19 não foi feito pelo homem nem modificado geneticamente, conforme já demonstrado por um estudo científico publicado pela revista Nature em meados do mês de março passado. Mas o escritório não disse como chegou à conclusão. |
- "A CI continuará examinando rigorosamente a informação e inteligência emergentes para determinar se o surto começou pelo contato com animais infectados ou se foi o resultado de um acidente em um laboratório em Wuhan", indicou em um comunicado.
O vírus originou-se na China no ano passado antes de se propagar por todo mundo, infectando milhões e matando centenas de milhares. A zona onde surgiu o vírus está próxima do Instituto de Virologia de Wuhan, um laboratório de alto nível onde os cientistas estavam estudando como os coronavírus saltam dos animais aos humanos.
Os coronavírus são um grupo de vírus que circulam entre os animais e que, em casos raros, podem saltar dos animais aos humanos, antes de começar a se propagar de pessoa a pessoa.
Yuan Zhiming, diretor do Laboratório Nacional de Biosegurança do instituto, disse que o laboratório não tinha a capacidade de desenhar um novo coronavírus e que nenhuma informação dentro do genoma do coronavírus indica que tenha sido criado pelo homem. Ademais afirmou que o laboratório não liberou acidentalmente o vírus que recolheu de morcegos para sua pesquisa.
Diante da insistência do ocidente em investigar a origem do vírus, o regime chinês bloqueou o acesso ao laboratório de Wuhan, segundo disseram autoridades americanas esta semana.
- "Olhem, ainda não conseguimos acesso, o mundo não conseguiu acesso ao IVW, o instituto de virologia dali", disse o secretário de Estado, Mike Pompeo. - "Não sabemos com precisão de onde se originou este vírus."
O presidente Donald Trump disse aos jornalistas no início deste mês que os servidores públicos americanos estavam "fazendo um exame muito completo da situação". O general Mark Milley, chefe do Estado Maior Conjunto, revelou aos jornalistas que o pessoal da inteligência se interessou muito na origem do vírus e que examinou o assunto a fundo.
- "Eu diria que neste momento não é algo concludente, ainda que o peso da evidência parece indicar que é natural, mas não sabemos com certeza", afirmou o general Milley.
Diante todas estas incertezas, o presidente americano voltou a acusar a Organização Mundial da Saúde, ontem (29/04), de reter informação dos Estados Unidos e de ser um "instrumento" para o regime chinês durante o surto do vírus.
Durante uma reunião na Sala Oval com o governador da Louisiana, John Bel Edwards, um jornalista perguntou a Trump, se ele esperava descobrir alguma coisa sobre a China e a OMS com esta investigação que encarregou às agências de inteligência.
Em resposta ao jornalista, Trump disse que estava recebendo atualizações sobre a investigação.
- "Vai chegar e já estou recebendo algumas informações. E não estamos felizes com isso. E somos, por muito, o maior contribuinte da OMS", disse Trump, agregando que estranhamente a OMS deixou de repassar informações importantes sobre o novo coronavírus.
Segundo os registros da OMS, a China repassou 86 milhões de dólares até 2019, enquanto os Estados Unidos contribuiu com 893 milhões.
- "E, no entanto, eles parecem trabalhar para a China. E deveriam ter ido lá durante o surto. Deveriam ter sabido o que estava ocorrendo", disse Trump, e agregou que a OMS poderia ter detido a propagação do vírus. - "Por que a China permitiu voos internacionais de saída, mas proibiram os voos internos?", o presidente também perguntou.
No início deste mês, Trump deixou de repassar os fundos para a OMS até que sua administração complete uma revisão sobre a resposta da agência das Nações Unidas ante a crise do coronavírus. Os líderes do G7 também pediram uma revisão e uma reforma exaustiva nos quadros da OMS e criticaram à agência por sua falta de transparência e péssimo gerenciamento crônico da pandemia do vírus.
Qualquer que seja o desfecho, esta situação ainda vai render muito pano para manga. Diferentes autoridades asseguraram nas últimas semanas que a China deveria pagar pelos danos causados pela pandemia de coronavírus, principalmente por duas razões: o fato que esta tenha se originado em o país; e que a falta de transparência por parte do regime evitou que outros países adotassem medidas que poderiam ter mitigado seu impacto.
Em um artigo, publicado hoje pelo The Washington Post, informam que altos servidores públicos americanos estão explorando potenciais represálias contra Pequim e que estava prevista para hoje uma reunião entre servidores públicos de várias agências governamentais para começar a traçar uma estratégia.
De acordo a estas fontes, Trump e seu círculo íntimo estão pensando na possibilidade de despojar a China de sua "imunidade soberana", e assim permitir ao Governo ou inclusive às vítimas de covid-19 no mundo todo demandar o gigante asiático por danos e prejuízos.
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