Onze pessoas em Hong Kong, na China, foram diagnosticadas com uma nova cepa da hepatite E que foi transmitida através de ratos, de acordo com um recente estudo realizado pelos cientistas da Universidade de Hong Kong, que ainda não sabem como o vírus passou dos roedores a humanos. - "O que sabemos é que os ratos em Hong Kong são portadoras do vírus, avaliamos os humanos e encontramos o vírus. Mas não sabemos exatamente como saltou entre eles: se os ratos contaminam nossos alimentos ou se há outro animal envolvido", assinalou o microbiólogo e um dos autores do estudo, Siddharth Sridhar. |
O primeiro caso da infecção da hepatite E através de ratos foi detectado em Hong Kong em 2018, enquanto o caso mais recente foi registrado faz uma semana. No passado 30 de abril, um homem de 61 anos com uma função hepática anormal deu positivo pelo vírus.
A cepa humana da hepatite E -uma doença hepática que também pode causar febre, icterícia e inchaço do fígado- geralmente é transmitida através da contaminação fecal da água potável, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
No entanto, com a hepatite E de rato as coisas não estão tão claras. O último paciente diagnosticado não tinha ratos nem excrementos de ratos em sua casa. Ademais, o homem não tinha um histórico recente de viagens e nenhum de seus familiares tinha experimentado sintomas.
- "Segundo a informação epidemiológica disponível, não é possível determinar a fonte e a rota de infecção", comunicou no passado 30 de abril o Centro de Proteção da Saúde de Hong Kong.
Sridhar adverte que poderia ter muitas outras pessoas infectadas com a hepatite E de rato, e não só no território chinês.
- "Minha sensação é que isto está ocorrrendo faz muito tempo", disse o cientista.
Até hoje, só um caso de infecção foi confirmado fora da China. Trata-se de um canadense que tinha viajado previamente a África. O paciente foi ao hospital após experimentar urticária, náuseas, icterícia severa e inflamação do fígado, e deu positivo para hepatite E de rato. A única razão pela qual as autoridades detectaram este caso foi porque usaram um tipo amplo de teste que detecta muitas cepas do vírus da hepatite E, segundo um relatório publicado em setembro de 2019 no Journal of Infectious Diseases.
- "Isto não deveria estar acontecendo. Precisamos vigilância contínua no público para controlar esta infecção incomum. Realmente espero que as autoridades de Saúde Pública dêem o primeiro passo e observem o quanto estão realmente expostas suas populações à hepatite E de rato", concluiu Sridhar.
Entretanto, os médicos aconselham as pessoas a tomarem medidas preventivas, como lavar as mãos antes de comer, armazenar os alimentos adequadamente, e manter a casa limpa e desinfetada com lugares mínimos de agrupamento para roedores.
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Comentários
De novo não. Nem vem.
De novo????
Já não basta o coronavirus?
É essa mania de chinês comer tudo o que vê. Assim foi que saltou do rato para o homem. China. Desde o século XIII fazendo de tudo para exterminar a humanidade
Por gentileza, parem o mundo, eu quero descer.