Farmacêutica americana diz ter um anticorpo que impede o coronavírus de afetar as células em 100%

A companhia biofarmacêutica Sorrento Therapeutics, com sede na Califórnia, EUA, assegura ter desenvolvido um anticorpo que pode proteger as células da infecção do coronavírus e eliminá-lo do organismo em decorrência de quatro dias. A empresa destaca que o anticorpo STI-1499 pode proporcionar "uma inibição do 100 %" ante a covid-19, e assegura que o tratamento poderia estar disponível meses antes que a vacina contra o coronavírus chegue ao mercado.

- "Queremos enfatizar que há uma cura. Há uma solução que funciona 100 por cento. Se tivermos o anticorpo neutralizante em nosso corpo, não precisa o distanciamento social. É possível abrir a sociedade sem medo", destacou Henry Ji, fundador e diretor geral da companhia.

Segundo o diretor, quando o anticorpo impede que um vírus entre em uma célula humana, o vírus não pode sobreviver.

- "Se os vírus não podem entrar na célula, não pode se replicar. Isso significa que se evitarmos que entre na célula, o vírus finalmente desaparece. O corpo limpa esse vírus", comentou.

Ademais, Henry Ji assinalou que é possível usar o anticorpo como terapia preventiva, já que não há efeitos secundários, podendo resultar mais efetivo que qualquer vacina que possa ser desenvolvida no futuro.

A Sorrento Therapeutics associou-se com a rede de hospitais Mount Sinai, com sede em Nova York, para desenvolver um coquetel de anticorpos. Apelidado Covi-Shield, será composto de três anticorpos diferentes, que se dirigem a diferentes partes do vírus, e estará pendente de aprovação pela Agência de Medicamentos e Alimentação (FDA, por suas siglas em inglês). Se obtiver a autorização, será utilizado como um tratamento profilático para as pessoas que regressam ao trabalho e aqueles que estão expostos à covid-19.