Quando achávamos que o número de teorias da conspiração já não podia crescer mais, a atual pandemia de covid-19 permitiu que atingíssemos patamares que beiram diretamente o surrealismo: 5G, nanobots, vacinas com microchips, "plandemia", Bill Gates e até a negação da doença. Nosso cérebro parece estar instalado para dar explicações inventadas ou fabulosas a questões sobrenaturais porque não gostamos da incerteza: preferimos encher as lacunas de ignorância com mitos. No entanto, por que as coisas que já estão perfeitamente explicadas são tão tergiversadas? |
Desde sociedades secretas até a terra plana, uma coisa para a qual a humanidade parece ter um fornecimento interminável é a conspiranoia. Nesta compilação, o físico Michio Kaku, o divulgador científico Bill Nye, a psicóloga Sarah Rose Cavanagh, o cético Michael Shermer e o ator e dramaturgo John Cameron Mitchell consideram a natureza da verdade e por que alguns grupos creem no que fazem.
Estamos geneticamente inclinados à superstição ou simplesmente temerosos da verdade? No seguinte vídeo eles opinam e explicam por que algumas pessoas crêem em conspiranoias e outras não.
- "Acho que há um gene para a superstição, um gene para os rumores, um gene para a magia, um gene para o pensamento mágico", argumenta Kaku. O físico diz que a ciência vai na contramão do "pensamento natural" e que o gene da superstição persiste porque, uma de cada dez vezes, realmente funcionou e nos salvou a vida.
Outras teorias compartilhadas incluem a ideia de dissonância cognitiva, o poder perigoso do medo para inibir o pensamento crítico e a romantização das conspirações de Hollywood. Como as teorias de conspiração são tão diversas e multifacéticas, combatê-las não é uma tarefa muito fácil para a ciência.
- "Ah, mas o MDig vem postando conspiranoias sobre a OMS", poderia alguém dizer. Criticar e aventar questões duvidosas com base nas trapalhadas factuais que o órgão vem aprontando é uma coisa, crer e afirmar eventos ou situações cabulosas sem nenhuma comprovação é outra muito diferente. O problema é que forças e coletivos extremistas de aspectos políticos e ideológicos antagônicos politizaram o coronavírus. Claro está!
O MDig publica um artigo, com link Identificador de Objeto Digital (DOI por suas siglas em inglês), sobre um estudo que fala sobre a ineficiência da Cloroquina e logo aparece um chato, tanto no Twitter quanto no Facebook, para politizar:
- "Nossa, que vergonha, o MDig está contra o Bolsonaro!" O que tem uma coisa a ver com a outra?
O MDig publica um artigo com diversos links demonstrando as trapalhadas da OMS ou então com a opinião de vários especialistas na área sanitária sobre o possível vazamento do vírus do laboratório e logo aparece um descortês, que lê só o título, dizendo:
- "Nossa, por isso que o MDig está perdendo leitores com essa teoria da conspiração!". O que tem a ver o cu com as calças?
O problema hoje em dia é que as pessoas estão mais preocupadas em ter razão, do que discuti-la.
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Comentários
Pior que super_tição é acreditar em super hone, ja foram eleitos 2 super ladrões, digo 3.