![]() | As conclusões preliminares das autoridades libanesas situam na origem da enorme explosão que nesta terça-feira custou a vida a mais de 100 pessoas e deixou mais de 4.000 feridos em Beirute, as cerca de 2.700 toneladas de nitrato de amônia que estavam armazenadas em uma adega do porto da capital desde 2014. O Gabinete do país manterá nesta quarta-feira uma reunião de emergência para abordar o desastre, informou a Presidência libanesa em sua conta de Twitter. |

O Governo da república está considerando a possibilidade de decretar estado de emergência em Beirute durante um período de duas semanas.
O premiê libanês, Hassan Diab, que decretou um dia de luto nacional, declarou que não estará satisfeito até que encontrem os responsáveis, ao mesmo tempo em que qualificou de "inaceitável" o fato de que 2.750 toneladas de nitrato de amônia permanecessem armazenadas durante seis anos sem medidas de segurança.
O Ministério libanês da Saúde situa oficialmente neste momento em mais de 93 os mortos e em 3.900 os feridos deixados pelo incidente. Entre os falecidos encontra-se o secretário geral do partido político das Falanges Libanesas, Nazar Najarian.
No entanto, estima-se que a cifra de pessoas afetadas pode aumentar devido a quantidade de escombros e de feridos que buscaram cidades vizinhas, já que os hospitais da capital estão todos lotados.
Logo depois das fortes explosões registradas na capital libanesa, ontem, o governador de Beirute, Marwan Abboud, qualificou o fato como "um desastre nacional parecido a Hiroshima" e afirmou que as explosões afetaram aproximadamente a metade da cidade. De fato, o homem não conseguiu conter o pranto ao oferecer mais detalhes sobre o episódio.
A primeira explosão ocorreu perto do porto da cidade pouco depois das 18:00 (hora local). Logo apareceram informações de outra explosão próxima ao lugar onde se registrou a primeira. Os vídeos do episódio captaram a onda expansiva, que golpeou edifícios a quilômetros de distância, enquanto uma enorme nuvem de pó e de escombros se elevava pelo céu.
Imagens obtidas por residentes locais evidenciam os graves danos causados pelas explosões no interior de edifícios, bem como ruas devastadas. As detonações danificaram também o aeroporto internacional situado a vários quilômetros de distância do epicentro. O impacto do estrondo foi tal, que inclusive foi sentido em Limasol, Chipre. Por sua vez, sismólogos jordanianos compararam a potência da explosão com a de um terremoto de magnitude 4,5.
Logo após a primeira explosão, o chefe de segurança interna do Líbano, Abbas Ibrahim, declarou que o acontecimento havia ocorrido em uma seção que albergava materiais "altamente explosivos". Ademais, negou-se a especular sobre a causa da detonação, assegurando que não podia se adiantar às investigações. De qualquer foram, o seguinte vídeo mostra que tudo começou com a queima certamente incidental de fogos de artifício.
Como citamos anteriormente, segundo a imprensa local, as conclusões preliminares das autoridades libanesas situam na origem da explosão as 2.700 toneladas de nitrato de amônia que estavam armazenadas no porto de 2014, mas especialistas militares americanos acham que a explosão não parece um acidente e sugerem que "uma bomba de alguma classe" poderia estar na origem da mesma.
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Comentários
Um absurdo a força da explosão e a onda de choque. É possível ver a onda de choque levantando o chão nas quadras próximas ao epicentro da explosão. Um dos vídeos mostra claramente isso (o que não foi cortado/reenquadrado pelas agências de notícias). A condensação do ar também é visível no "cogumelo" formado pela detonação, devido à rápida expansão da onda de choque, que reduz a densidade do ar esfriando-o repentinamente e condensando a umidade presente formando aquela nuvem branca (principalmente por ser próximo da água). É um espetáculo de beleza da física mas de horror para as vidas e o patrimônio do local. Tragédia.