Conhecidas como "bolas de musgo" bolas de Cladophora ou marimos (Aegagropila linnaei), é uma espécie de alga verde filamentosa muito rara que cresce em torno de 5 milímetros por ano em forma de grandes bolas verdes com uma textura aveludada. Essas bolas atingem tamanhos médios de 12 a 30 centímetros de diâmetro -ainda que o recorde seja de 95 centímetros-, dependendo de onde você as encontra, geralmente apenas em lagos, com atividade biológica baixa ou moderada, de países frios do hemisfério norte. |
Com efeito, os marimos ocorrem apenas na Islândia, Escócia e Japão, principalmente no Lago Akan no Japão e no Lago Myvatn na Islândia. Estranhamente, estas bolas de musgo apareceram em grande número na Praia Dee Why, em Sydney, em 2014 (foto abaixo). Foi o primeiro registro de marimos no hemisfério sul.
Marimos não cresce em torno de um núcleo, de fato, os filamentos de algas crescem em todas as direções a partir do centro da bola, ramificando-se continuamente e, assim, estabelecendo a base para a forma esférica.
Surpreendentemente, a bola é totalmente verde, embora a luz alcance apenas uma distância muito curta na bola. A clorofila dentro dela permanece dormente no escuro, mas torna-se ativa quando exposta à luz se a bola se partir. Exatamente por isso sua propagação é feita através de fragmentação vegetativa, ou seja, você deve parti-la em pedaços, preferencialmente ao meio, para que com o tempo -muito tempo- comece a ficar esférica novamente.
Marimos são encontradas submersas no leito do lago, onde a ação suave das ondas frequentemente as vire, mantendo sua forma esférica, ao mesmo tempo garantindo que possam fotossintetizar, não importa qual lado esteja virado para cima.
No Japão, o marimo é protegido e reverenciado, e oficialmente um tesouro natural desde 1920. Não é de admirar que entre as manias dos japoneses existe um costume de cultivá-las como pets, colocando nome e levando para o trabalho.
No Lago Akan, um grande esforço é despendido na conservação das bolas, que inclui um festival anual de marimo de três dias. Pequenas bolas enroladas à mão de filamentos flutuantes são vendidas nas lojas como souvenires. Essas bolas também são muito usadas em aquários japoneses.
Já no Lago Myvatn, as bolas de musgo estão desaparecendo lentamente. Cerca de uma década atrás, elas tinham de duas a três camadas de espessura no fundo do lago. Hoje, a maioria delas já não existe mais. O desaparecimento é atribuído à poluição causada pela operação de mineração na área, iniciada na década de 1960.
A grande quantidade de fósforo e nitrogênio despejada no lago aumentou drasticamente as bactérias do lago que se alimentam desses nutrientes, fervilhando tão densamente que bloquearam a luz do sol que alcançava o fundo do lago.
Com menos luz solar, as algas começaram a morrer, expondo mais sedimentos soltos do fundo do lago. O vento e as ondas, que uma vez rolavam as bolas para adquirirem sua forma, passaram a agitar os sedimentos soltos que cobriam as algas restantes, privando-as ainda mais da luz solar.
O marimo recebeu o status de espécie protegida na Islândia em 2006, mas já era tarde demais.
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