Os sintomas da covid-19 seguem uma ordem única de manifestação

Os dados fazem parte de um estudo realizado por cientistas da Universidade do Sul de Califórnia depois de analisar dados de mais de 55.000 casos confirmados da doença e documentados pela Organização Mundial da Saúde. Os pesquisadores compararam a ordem dos sintomas da covid-19 com os de outras doenças respiratórias e há diferenças notáveis. A gripe causada pelo vírus influenza, por exemplo, começa com tosse. A febre é o segundo sintoma, não o primeiro.

Inclusive as doenças graves provocadas por outros coronavírus como o SARS ou o MERS começam diferente. Em ambos os casos o primeiro sintoma costuma ser estomacal, cursando com diarreia e depois vômitos e náuseas antes de passar aos sintomas respiratórios.

Depois de analisar os dados disponíveis, os autores do estudo introduziram essas cifras em uma simulação para calcular outros 500.000 casos da doença. Inclusive acrescentando outros sintomas menos comuns como dor de garganta, de cabeça ou cansaço, a ordem se mantém idêntico, como se segue abaixo:

1. - Febre;
2. - Tosse (geralmente comprida);
3. - Dores musculares;
4. - Náuseas;
5. Vômitos;
6. - E diarreia.

Este é, segundo o meta-estudo, a ordem em que vão aparecendo os sintomas da covid-19. É um dado importante porque resulta que é uma ordem completamente diferente ao de outras doenças.

A descoberta não pode ser considerada como um método válido de diagnóstico -há muitas outras doenças que começam com febre-, mas oferece uma ferramenta muito valiosa à hora de determinar se uma pessoa deve fazer o teste ou pode esperar um pouco mais.

A pandemia de covid-19 move-se por surtos e o SARS-CoV-2 tem demonstrado ser bem mais contagioso. Dispor de dados que permitam traçar a doença de forma precoce é fundamental para deter esses surtos à medida que se vão ocorrendo.

A covid-19 já contagiou mais de 23.968.101 pessoas no mundo e cobrou a vida de 820.559, com uma letalidade de 5%. A Índia provável e infelizmente deve se tornar o próximo epicentro da praga e chegar ao segundo lugar do infame e triste pódio do número de infectados, superando o Brasil, ainda esta semana.