É a frota ilegal com a qual Xi Jinping se propõe tomar como próprios os mares de todo mundo. Mais de 17 mil navios pesqueiros chineses estão distribuídos pela costa dos países mais indefesos para saquear suas riquezas marítimas. Poucos são os Estados que podem combater o assédio permanente desta frota que não respeita as leis internacionais e arrasa com a biodiversidade e o meio ambiente. Equador, na América Latina, é uma das nações que mais padecem. |
Depois que o Governo de Lenin Moreno denunciou abertamente a atividade ilegal e responsabilizou a inação do regime chinês, o embaixador do regime em Quito disse que teriam tolerância zero contra os barcos pesqueiros. Nada foi feito.
Os navios chineses têm uma longa experiência em esquivar as normas internacionais. Esquivam radares silenciando os próprios para que nenhuma autoridade marítima possa detectar onde estão pescando. Quando lançam suas redes, recolhem mais quilos de alimento que o permitido. Ao esvaziar o fundo do mar próximos à costa de países em desenvolvimento, em muitas ocasiões privam do alimento às populações locais, cujo único sustento para sobreviver é a pesca com precários instrumentos.
A verdade é que reportagens recentes demonstram que o regime conduzido por Xi Jinping investe na frota de ultramar. Subsidia a pesca através de isenções de impostos, permitindo-lhes comprar combustível a baixíssimo preço. O total da ajuda estatal para esta indústria por parte de Pequim supera os 16 bilhões de dólares ao ano.
No Oceano Pacífico, as ilhas Galápagos -riquíssima em biodiversidade e Patrimônio da Humanidade- é um dos centros mais assediados pela pirataria chinesa. Pequim anunciou que sancionaria capitães e navios que operem na clandestinidade. No entanto, ninguém acha que vão cumprir com leis que já não cumpriam.
O Governo de Equador parece só ante o poderio naval que evade seus controles e que conta com a anuência do regime asiático. Mas o governo de Moreno não é o único que padece semelhante assédio marítimo. Nem América Latina é o único subcontinente que vê como suas águas são saqueadas. No mar Meridional da China -que Pequim tenta se apropriar- outros países veem como os pesqueiros ilegais invadem suas águas. Na África também ocorre o mesmo.
Agora, 340 navios chineses (eram 260 no início) sem permissão permanecem ancorados nas cercanias dessas ilhas. Sabem que a vigilância da Marinha equatoriana não durará para sempre: implica despesas extraordinárias para cobrir um área de 197.300 quilômetros quadrados na zona marítima exclusiva continental, enquanto na do arquipélago são uns 419.700 quilômetros quadrados.
Para piorar, essa voracidade pesqueira atenta contra os moradores locais daquelas ilhas. Contra sua economia e contra sua refeição diária. A pesca comercial é permitida em algumas áreas da exclusiva reserva. A lagosta, por exemplo, é uma importante fonte de rendimentos para a população do lugar. Ademais, os pescadores do Equador viajam regularmente à região em busca do dourado, tubarão e atum. Hoje você olha para o mar só para divisar um monte de barcos chineses.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários
A China so vai parar quando terraplanarem aquela merda com bombas nucleares, mais o isentão afetadinho, e a cadela vagabunda do "ele não" num quer isso, VERMES!
Chinês sendo chinês. Esses porcos já acabaram com o mar da China e agora querem arrasar ultramar. Ou o mundo dá um basta na China ou a China vai ser o motivo da extinção humana.
A dois anos atrás um barco chines tentou afundar uma embarcação brasileira. A China está se achando acima de todos e dona de tudo. O Equador informou países vizinhos sobre esse assunto, creio eu, para ver se obtinha alguma ajuda. Pelo menos não achei nenhuma informação sobre as respostas deles. E não nos esquecemos que o nosso sofrido país, com um litoral gigantesco, está com sua Marinha totalmente defasada.