Banksy financia um barco salva-vidas para resgatar refugiados do Mediterrâneo

A última obra de arte de Banksy pode ser vista em um barco resgatando refugiados do norte da África, que estão tentando cruzar o Mediterrâneo para encontrar segurança na Europa. O anônimo artista britânico, de cujo trabalho já falamos extensivamente, usou o lucro da venda de uma obra de arte para comprar um antigo barco da Marinha francesa, que leva o nome da anarquista Louise Michel. Com um extintor de incêndio, Banksy borrifou o exterior com tinta rosa e o adornou com uma versão da icônica "Garota com Balão".

Nesta nova iteração da conhecida obra do artista urbano, a criança usa um colete salva-vidas e troca o coração vermelho por um flutuador rosa.

O projeto foi concebido em setembro de 2019, quando Banksy contatou Pia Klemp, que liderou várias missões com barcos de ONGs para resgatar refugiados.

- "Olá, Pia, li sobre sua história nos jornais. Você parece um cara fodão", escreveu o artista, de acordo com o tabloide britânico The Guardian.

- "Eu sou um artista do Reino Unido e fiz alguns trabalhos sobre a crise dos migrantes, obviamente não posso ficar com o dinheiro. Você poderia usá-lo para comprar um barco novo ou algo assim?" Explicou o artista.

Agora, Klemp e uma equipe de resgate profissional comandam o bote salva-vidas de 31 metros, que já trouxe centenas de refugiados a bordo.

Com capacidade de pelo menos 27 nós, o barco é mais rápido do que a maioria dos navios, permitindo que alcance as pessoas com mais rapidez e esperar que ultrapasse a chamada guarda costeira da Líbia. A missão do projeto é explicada em seu site:

Na missão do projeto explicam que pode parecer incrível que haja necessidade de um veículo de emergência caseiro em uma das vias navegáveis ​​mais movimentadas da Europa, mas há. A crise dos migrantes significa que os estados europeus estão instruindo sua Guarda Costeira a não responder as chamadas de "não-europeus", deixando pessoas desesperadas à deriva desamparadamente no mar. Para piorar esta situação, as autoridades impedem que outros barcos prestem assistência, prendendo tripulações e confiscando barcos que o fazem.

No fim de semana passado, a Guarda Costeira italiana respondeu aos pedidos de socorro do barco depois que ele ficou sobrecarregado de passageiros, em um ponto carregando 219 refugiados e 10 membros da tripulação no navio principal, com 33 pessoas ainda em jangadas flutuando ao lado. A agência evacuou 49 migrantes junto com o barco Sea-Watch 4, que trouxe outros 150 a bordo.

Para ajudar nos esforços, você pode fazer uma doação e seguir a equipe em um feed ao vivo no Twitter.