Se você também é uma dessas pessoas que não gostam de emprestar seu carro porque outro motorista poderia "queimar a embreagem", não está sozinho. Mas tente imaginar o que poderia acontecer se emprestasse a um piloto profissional como o mítico Robert Kubica. Esta é a história de Kubica, um BMW M4 e o circuito de Nordschleife, uma zona muito especial de Nürburgring. Trata-se de um circuito de 20 km cheio de curvas, subidas e descidas que retorcem, remexem e comprimem todos os órgãos internos do automóvel. |
Com o tempo, a dureza de Nordschleife fez aparecer em seus arredores um bom número de agências de aluguel de carros que oferecem veículos de alta cilindrada para que os visitantes possam dar uma volta sem a preocupação de estar danificando seu próprio veículo.
A segunda consequência da dureza do circuito é que estas agências não são como as que provavelmente você já visitou. Todas elas estão dotadas de serviços de reparo superespecializados que sabem perfeitamente como diagnosticar e substituir qualquer peça dos caros autos alugados no escritório ao lado.
Os técnicos dessas oficinas estão mais que acostumados a lidar com o desgaste habitual que as curvas de Nordschleife produzem nos veículos quando pilotados por pessoas normais. Agora bem, o que acontece se o for um piloto profissional da F1? O que passa é este vídeo.
Os técnicos explicam que a sessão de Kubika, de 50 voltas, equivale, em termos de desgaste, a umas 200 ou 300 voltas em Nordschleife se o BMW M4 modificado tivesse nas mãos de uma pessoa normal.
Em sua sessão, o piloto comeu todo um set de rolamentos das rodas. Ademais desgastou a metade das pastilhas de freio, recém colocadas. O engraçado é que os mecânicos da Apex Nürburg explicam que se o BMW tivesse controle de tração ativo -algo que normalmente é desativado para condução esportiva-, Kubika teria consumido as pastilhas de freio completamente. Os sistemas de controle de tração funcionam precisamente ativando os freios brevemente. Tê-los ao máximo durante todo esse tempo teria desintegrado os freios do veículo.
E as rodas? Os mecânicos tiveram que trocá-las por outras novas na metade da prova depois de apenas 20 voltas e não eram precisamente pneus vagabundos senão Nankang AR-1s. Normalmente os veículos de aluguel no circuito trocam suas rodas a cada 50 voltas.
Ao terminar a prova, o cano de escape estava tão quente que se ficou vermelho vivo e fundiu parte do para-choques traseiro. Os mecânicos tiveram que substituir completamente os freios, os rolamentos e fazer uma revisão completa no carro depois da visita de Kubica. Mas o motor estava perfeito, o que diz muito do fabricante alemão.
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Comentários
É impressionante a habilidade do Kubica. Excelente piloto, mesmo com o braço direito quase destruído durante um acidente em Rallye. Demonstra claramente o que é habilidade na pilotagem, ótimo vídeo!
É impressionante a agressividade com que ele dirige um "carro de rua". Com certeza ele está levando no limite, não é à toa que o desgaste foi enorme.