Para falar de sirenes de alarme contra bombardeios costumamos remontar mentalmente aos tempos da Segunda Guerra Mundial, mas nenhuma das sirenes daquela funesta época se parece à Sirene de Ataque Aéreo Chrysler, um monstro fabricado em 1952 que ostenta o recorde de sirene mais potente. Corriam os tempos da guerra fria entre Estados Unidos e URSS, e o governo americano temia a possibilidade de um ataque nuclear. |
Para avisar à população em caso que chegasse esse ataque, ordenaram a construção de potentes sirenes que deviam ser instaladas perto dos grande núcleos de população.
Os primeiros modelos destas sirenes eram ativadas por um operador humano, o que limitava muito sua efetividade e potência. A Chrysler e Bell colaboraram na fabricação de um modelo de alta potência que podia ser ativada de forma remota por telefone. A primeira versão foi denominada Sirene da Vitória Chrysler, mas logo poliram o protótipo até desenvolver a Sirene de Ataque Aéreo.
A participação da empresa automotiva no projeto tinha uma razão de ser: a sirene era alimentada por um motor V8 de 180 cavalos unida a um complexo sistema de compressores que expulsava 73 metros cúbicos de ar por segundo. Se vermos a descrição do dispositivo na página do Livro Guinness, o volume de ar que emitia era tão bestial que podia fazer com que um pedacinho de papel posto imediatamente diante da sirene ardesse espontaneamente.
A sirene podia ser escutada perfeitamente em um área de 41 quilômetros quadrados, que é quatro vezes o alcance das sirenes atuais utilizadas para avisar sobre tornados ou tsunamis. O problema era ficar perto demais daquele monstro. O volume de som era de 138 db a 30 metros de distância, e podia perfeitamente deixar surda uma pessoa a uma distância de 60 metros. Isso complicava um pouco a escolha dos lugares para ser instalada.
Pese a seus inconvenientes, A divisão de motores de Chrysler, em Trenton, chegou a fabricar 350 unidades da sirene. À medida que a guerra fria foi se apagando e os temores a um ataque nuclear se dissipavam, as sirenes foram ficando fora de serviço e foram desmanteladas. Para a década de 70 já tinham desaparecido todas e só um punhado foram conservadas em museus. Vestígios de outra época em que pensávamos que podíamos nos livrar dos perigos nos metendo sob a terra ao escutar uma sirene.
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