A última fronteira do deepfake: pais revivem seu filho assassinado para fazer um anúncio por uma boa causa

A imaginação superou esta semana a fronteira mental a respeito de como utilizar um deepfake. Um jovem voltou à vida após morto sem seu consentimento explícito -mas sim o de sua família- para lançar uma mensagem política. Joaquin Oliver quer seu voto contra as armas: um jovem de 17 anos morreu no tiroteio de Parkland, Estados Unidos, em 2018. - "As eleições deste novembro teriam sido as primeiras em que poderia ter votado", conta à câmera o espectro reanimado digitalmente.

Os pais, artífices do vídeo e fundadores da ONG Change the Ref, estão faz dois anos completamente envolvidos em promover mudanças legislativas que mitiguem o porte de armas. Mas com "The Unfinished Votes" deram um passo além, pondo na boca e corpo de seu filho palavras que nunca disse tentando impactar e comover o maior número de consciências possíveis.

Eles contam que o processo de fazer este vídeo foi a experiência mais difícil que viveram desde que começaram a lutar contra a violência das armas depois do assassinato do filho, mas é algo que ajudará a mudar o papel de Joaquin de vítima a ativista, alegam.

Superar a dor do luto usando uma cópia da filha em 3D: há um antecedente deste fenômeno neste mesmo ano, ainda que com uma tecnologia ligeiramente diferente. Uma rede de televisão sul-coreana retransmitiu como uma mãe conseguiu brincar e falar com uma cópia em realidade virtual da filha que morreu de leucemia quatro anos atrás.

Deveras, faz cinco anos existem empresas do mundo dos videogames que estão tentando fornecer este tipo de serviços para superar a morte de nossos seres queridos.