Há exatos 79 anos, 353 aviões japoneses arrasavam Pearl Harbor

O relógio marcava 07h48, no domingo de manhã, de 7 de dezembro de 1941, faz exatos 79 anos, quando um ataque militar surpresa, promovido por uma frota de 353 aviões do Serviço Aéreo Imperial da Marinha Japonesa, arrasou a base naval de Pearl Harbor em Honolulu, no Havaí. Havia alguns precedentes históricos que justificavam a ação militar sem aviso prévio do Japão, mas a falta de qualquer aviso formal, especialmente enquanto as negociações de paz ainda estavam aparentemente em andamento, levou o Presidente Franklin D. Roosevelt a proclamar que - "7 de dezembro de 1941 é uma data que viverá na infâmia!"

A base foi atacada pelos 353 aviões japoneses -incluindo caças, bombardeiros de nível e de mergulho e torpedeiros- em duas ondas. Todos os 8 navios de guerra da Marinha dos Estados Unidos foram danificados, e 4 afundaram.

Os japoneses também afundaram ou causaram danos de monta em 3 cruzadores, 3 contratorpedeiros, 1 navio de treinamento antiaéreo e 1 lançador de minas navais. 188 aviões americanos foram destruídos; 2.403 americanos faleceram e 1.178 outros resultaram feridos.

Já as perdas japonesas foram leves: 29 aviões e 5 mini submarinos foram perdidos e 64 militares faleceram.

O ataque levou à entrada formal dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial -que era considerado neutro até ali- no dia seguinte. De fato, o Japão anunciou uma declaração de guerra aos Estados Unidos no dia 8 de dezembro, em Tóquio, mas a declaração não foi entregue até o dia seguinte.

Nesse mesmo dia o Congresso dos Estados Unidos declarou guerra ao Japão. Em 11 de dezembro, a Alemanha Nazista e a Itália declararam guerra aos Estados Unidos, que responderam com uma declaração de guerra contra ambos os países. Assim começava uma das maiores insanidades humanas em toda a sua história.

Com efeito, como o ataque ocorreu sem uma declaração formal de guerra e sem nenhum aviso explícito, o ataque a Pearl Harbor foi posteriormente considerado nos Julgamentos de Tóquio como um crime de guerra.

Alguns historiadores avaliam que as bombas atômicas lançadas em Nagasaki e Hiroshima foram uma retaliação americana pelo ataque de Pearl Harbor e que igualmente deveriam ter sido consideradas crimes de guerra, mas, como bem sabemos, ao fim de uma guerra são sempre os vencedores que contam os fatos.