A polêmica utilização da 'fita de pregos' na perseguição policial

A ascensão da indústria automotiva no século 20 aumentou a propriedade de carros, levando a um número crescente de criminosos tentando fugir da polícia em seu próprio veículo ou em um carro roubado. As perseguições policiais ocorrem em todo o mundo, mas é bem mais notória nos Estados Unidos, qual o motivo disso? As perseguições de carros são um assunto popular entre a mídia e o público devido à intensidade, ao drama e ao perigo inato de dirigir em alta velocidade, mas a prática da fuga em velocidade nos EUA se estendeu por causa da televisão.

As redes de TV americanas sabem que as perseguições policiais aumentam a audiência e, assim que sabem de uma, mandam seus helicópteros para o local. As autoridades policiais chegaram mesmo a pedir à mídia que reduzissem estas coberturas das perseguições, alegando que ela encorajam os suspeitos a fugir e incitam os curiosos a possivelmente interferir na perseguição. A resposta das redes de TV foi que a cobertura das perseguições fornece um serviço público e dissuasão da brutalidade policial. Assim, só na cidade de Los Angeles ocorreram mais de 800 perseguições em 2018.

A polícia usa uma série de técnicas para acabar com as perseguições, desde implorar ao motorista, esperar que o combustível acabe ou que o veículo bata, até métodos mais enérgicos, como dar "totó" no veículo com viaturas, atirar nos pneus ou o uso das polêmicas tiras de pregos, embora todos os esforços, muitos dos quais representam risco para todos os envolvidos, bem como para os transeuntes, visem evitar o perigo para os civis.

As barreiras fura-pneus são especialmente criticadas, sobretudo as portáteis, que os policiais lançam no asfalto para furar o pneu do carro do suspeito e depois puxam rapidamente para que não fure os pneus das viaturas.

A tiras de pregos não põe em risco só a vida do bandido, senão que a do próprio policial que pode acabar sendo atropelado. Não é incomum que isso aconteça; a polícia texana, por exemplo, foi proibida de usar a tira de pregos depois da morte de 5 policiais em 2011 depois da morte de 5 oficiais.

Para tentar diminuir o perigo foi criado um dispositivo que é anexado no para-lama dianteiro da viatura que lança a fita de prego quando acionada pelo policial no painel da viatura. Também inventaram as colunas fura-pneus fixas na rodovia, que são acionadas ​remotamente.

Curiosamente, a posse privada de tira de prego foi proibida em Nova Gales do Sul, Austrália, em 2003, depois que uma tira caseira feita com um tubo de aço cravejado de pregos foi usada contra um veículo da polícia.

Após o aumento dos ataques terroristas de veículos em que um veículo é dirigido em velocidade contra os pedestres, uma rede com pontas de aço que pode ser implantada por duas pessoas em menos de um minuto, capaz de parar um veículo de até 17 toneladas, foi desenvolvida para uso preventivo em eventos públicos no Reino Unido.