Um raro pinguim amarelo foi fotografado pela primeira vez em uma ilha da Geórgia do Sul

Em uma viagem a uma pequena ilha na Geórgia do Sul em dezembro de 2019, Yves Adams avistou uma criatura excepcionalmente brilhante flutuando em um mar de 120.000 pinguins-reis (Aptenodytes patagonicus). Enquanto a maioria das aves usava o típico terno tipo smoking, uma delas desfilava com penas amarelas e pés de cor creme. Yves, que frequentemente documenta paisagens e vida selvagem em todo o mundo, é considerado o primeiro fotógrafo a capturar imagens do raro pinguim, que ele avistou enquanto descarregava alimentos e equipamentos de segurança.

- "Todos nós ficamos malucos quando percebemos. Largamos todo o equipamento de segurança e pegamos nossas câmeras", disse o fotógrafo belga.

- "Tivemos tanta sorte que a ave aportou exatamente onde estávamos. Nossa visão não foi bloqueada por um mar de animais enormes. Normalmente é quase impossível se mover nesta praia por causa de todos eles."

Ainda que as penas e olhos claros do pinguim possa levar a pensar que o animal é albino, ele mantém as manchas amarelas características do pinguim-rei.

Assim sua coloração atípica se deve ao leucismo, a condição que resulta na perda de melanina, que faz, nesse caso, com que as penas e os pés pretos sejam mais claros.

Essa é uma condição tremendamente complicada para se nascer na natureza, sobretudo em uma espécie que vive sempre em grandes grupos de indivíduos. Em geral, animais como este são rejeitados, mas, vendo a foto abaixo, parece que não é esse o caso.

Em 2013, os pesquisadores descobriram que o pigmento amarelo dos pinguins-rei não é derivado de alimentos, mas é quimicamente distinto de outros compostos que colorem suas plumas. As penas brilhantes são usadas para atrair parceiros em potencial.

Veja as fotos de Yves em sua expedição ao Atlântico, além de outras que abrangem uma ampla variedade de locais como a Groenlândia, Ilhas Galápagos e o Mar das Filipinas, em seu site e Instagram.