Uma técnica avançada de gravação permitiu registrar pela primeira vez o desenvolvimento completo de uma abelha melífera dentro de sua colmeia, bem como outros hábitos nunca antes observados, segundo recolhe um estudo realizado por cientistas do Instituto alemão de Apicultura em Frankfurt, que foi publicado nesta quarta-feira na revista científica PLOS ONE. As abelhas europeias (Apis mellifera) vivem em colônias grandes e complexas, cujo sucesso depende dos comportamentos combinados dos insetos. |
A maioria destas atividades, como construir um ninho, coletar e armazenar alimentos, regular a temperatura da colmeia e manter a higiene, ocorrem dentro da colmeia, motivo pelo qual que não são facilmente observáveis. No entanto, os pesquisadores alemães, encabeçados por Paul Siefert, acharam uma solução a este problema: cortaram transversalmente duas pequenas colmeias, cada uma com uma população de aproximadamente 3.000 abelhas, e aderiram-nas a painéis de vidro refletores que permitiam observar o que ocorria ali dentro.
Valendo-se de duas câmeras, os especialistas conseguiram obter uma série de vídeos de alta resolução que captaram comportamentos conhecidos das abelhas melíferas, bem como outros nunca antes vistos, como a alimentação boca a boca das larvas ou a manutenção da temperatura nas células que contêm crias em desenvolvimento.
Entre os curiosos comportamentos observados destaca o asseio pessoal, a limpeza de superfícies e inclusive o canibalismo. Segundo explica o estudo, as abelhas são capazes de perceber informação química que lhes permite identificar crias falecidas, doentes, parasitadas ou mal desenvolvidas que ingerem para evitar a propagação de doenças, mofo e parasitas.
O equipamento criado para filmar a colmeia.
Os autores do trabalho aspiram a fomentar o uso de seu material com fins educacionais e esperam que seu trabalho ajude a criar consciência sobre a diminuição crítica da biomassa de insetos voadores, a biodiversidade de insetos e o debate sobre a crise dos polinizadores.
- "Com nosso método único de vídeo, podemos levar os processos de uma colônia social de insetos em pleno funcionamento às aulas e aos lares, facilitando a consciência ecológica", assinalaram os pesquisadores.
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