Em uma reportagem para o Insider, a produtora de vídeo Abby Narishkin explica exatamente como os 3,2 milhões de toneladas de lixo gerado pela cidade de Nova York são processados. O vídeo começa com trabalhadores do lixo que coletam e encaixotam o lixo em recipientes gigantes. Os contêineres de lixo são então carregadas em barcaças e carregadas pelo Rio Leste até a Ilha Staten, onde grande parte é queimada e transformada em energia utilizável. |
O lixo que não é queimado é levado para aterros sanitários em outros estados, tão distantes como Ohio e Carolina do Sul, pois o último aterro sanitário de Nova York foi fechado em 2001. É necessária uma vasta rede de trabalhadores do saneamento, caminhões, trens, guindastes e barcaças -e US $ 429 milhões por ano- para chegar lá.
Só para se ter uma ideia, os nova-iorquinos jogam fora mais de 12.000 toneladas de lixo por dia. E todas as noites, montanhas de sacos de lixo se acumulam nas calçadas da cidade. Nova York tem uma meta ambiciosa de enviar lixo zero para aterros sanitários até 2030, mas para isso há de ter a conscientização do próprio povo. A melhor maneira de manter o lixo longe dos aterros é limitando os materiais residuais usados em casa e reutilizar e reciclar o resto.
De qualquer forma, estão cuidando e processando o seu próprio lixo, o que não acontece com o maior produtor de lixo do mundo, o Canadá. Em abril de 2019, o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, em um incidente diplomático, disse se o Canadá não levasse de volta toneladas de lixo doméstico e eletrônico canadense que apodrecia em um porto próximo a Manila, ele iria "declarar guerra" e enviar os contêineres de volta ele mesmo.
Uma semana depois os governo da Malásia e Indonésia fizeram também protestos diplomáticos com o Canadá sobre lixo enviados para esses países. Em junho, 69 navios abarrotados de lixo retornavam ao Canadá.
A geração de resíduos é um problema de longa data no Canadá, que procura resolver a questão desde 1992, quando ratificou a Convenção de Basileia. A forma de "resolver o problema" não é outra, lógico -como a de muitas nações ricas-, do que recolher os resíduos de seu quintal e exportar grandes porções para outros países em desenvolvimento, empurrando sua "merda" para debaixo do tapete alheio, e depois posando de arauto da proteção do meio ambiente.
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