Em fevereiro de 2018 contávamos a história inacreditável dos trigêmeos Robert Shafran, Eddy Galland e David Kellman, conhecidos como "Três estranhos idênticos" que passaram 19 anos de suas vidas sem saber da existência um dos outros, como parte de um experimento de um psicanalista de Nova York. A história inclusive mereceu um documentário dirigido por Tim Wardle, que conta a história dos três jovens de 19 anos que descobrem que são trigêmeos idênticos, separados no nascimento e adotados por famílias diferentes. |
Mas as revelações não paravam por aí. Como dizíamos, aconteceu que os meninos involuntariamente fizeram parte de um estudo científico antiético conduzido por sua agência de adoção, Serviços Louise Wise.
O falecido psicanalista Peter Neubauer planejou o estudo de forma que, quando gêmeos ou trigêmeos recém-nascidos fossem admitidos na agência, dezenas fossem separados e colocados em famílias de diferentes origens socioeconômicas.
Sob o pretexto de monitorar seu desenvolvimento emocional, Neubauer estudou os gêmeos separados periodicamente durante a infância. O objetivo oficial do estudo nunca foi divulgado e nenhum dos envolvidos foi informado de sua participação. "Três estranhos idênticos" levanta questões perturbadoras sobre identidade, natureza versus criação e os limites morais da ciência.
Apenas um mês após o lançamento do filme nos cinemas, Wardle foi contatado por Lisa Belkin, uma jornalista que já havia investigado a polêmica em torno dos Serviços Louise Wise. Lisa disse que uma mulher de 54 anos de Nova Jersey, Michele Mordkoff, viu o documentário, reconheceu o nome da agência de adoção e foi inspirada a explorar a história de seus pais biológicos como resultado.
Como parte desse processo, Michele fez um teste de DNA e descobriu que tinha um "par familiar próximo" com uma mulher que mora em Calabasas, no estado americano da Califórnia. Era sua irmã gêmea, Allison Kanter.
Quando Allison e Michele decidiram se encontrar pela primeira vez, Wardle estava lá com sua equipe de filmagem.
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