Uma nova teoria da conspiração estaria levando muitos antivacinas nos Estados Unidos a fazer o impensável: usar máscaras e praticar o distanciamento social pelo medo que estão tendo dos vacinados. Sim, vemos a ironia ainda que eles não, pois muitos destes negacionistas da vacina também são negacionistas da covid-19 e das medidas tomadas para controlá-la, especialmente o uso da máscara, cuja oposição gerou no mundo inteiro todo um movimento de cidadãos inconformados com seu uso. |
Enfim, esta nova teoria é suportada em versões pseudocientíficas que dizem que as pessoas vacinadas espalham proteínas perigosas sobre as pessoas não vacinadas, causando em muitos efeitos secundários que vão desde ciclos menstruais irregulares, infertilidade, até abortos espontâneos.
Esta ideia se junta a já popularizada crença de que a covid-19 faz parte de um plano para diminuir a população mundial e as vacinas são um arma de extermínio em massa.
A comunidade científica em sua imensa maioria nega estas afirmações tendenciosas, mas dentro dos grupos de antivacinas não só seguem falando do tema, senão que promovem todo tipo de remédios ou ações para evitar cair dentro do grupo de "exterminados".
Faz alguns dias, uma influenciadora que pertence a este movimento negacionista chamada Sherri Tenpenny, instou seus seguidores em uma transmissão ao vivo em suas redes sociais a "se manterem afastados das pessoas vacinadas para sempre".
Mas também alguns médicos que respaldam o movimento, como o pediatra de Nova York, Larry Palevsky, propuseram pôr em quarentena os vacinados a quem se refere como "os receberam o veneno".
Os conspiranoicos não param por aí e parecem não se incomodar pela ironia de propor em fóruns como 4chan o uso das máscaras para entrar em contato com pessoas que tenham sido vacinadas, segundo eles porque estão propagando o ARNm, a tecnologia utilizada em vacinas como a Pfizer.
Enquanto a teoria segue ganhando terreno, há céticos entre os céticos, que não acham que do nada os antivacinas, e portanto antimáscaras, vão começar a usá-las de uma hora para outra, sobretudo após passarem mais de um ano gritando que "não usam focinheira".
No entanto, já há casos destacados que mostram o efeito destas crenças, como o da Center Academy, uma escola privada em Miami que proibiu seus professores vacinados de interagirem com estudantes não vacinados. Ou o de uma loja em Kelowa, uma cidade na região da Columbia Britânica, no Canadá, que se fez viral em abril por colocar um letreiro em sua entrada que proibia o atendimento às pessoas vacinadas.
A verdade é que a desinformação sobre a covid-19 parece se espalhar rapidamente, sobretudo em redes sociais, causando na sua passagem muitas mortes.
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