Em San Francisco, nos Estados Unidos, um homem entrou em uma farmácia, montado em uma bicicleta, onde após colocar vários produtos em um saco de lixo, saiu sem pagar e ante o olhar de outros compradores e um guarda de segurança. O descarado furto ocorreu no passado 14 de junho em um loja da rede Walgreens e foi registrado em um vídeo compartilhado por Lyanne Melendez, uma repórter do canal ABC7. Nas imagens vemos como o delinquente se abastece tranquilamente enquanto uma mulher e um guarda de segurança o filmam com seus celulares. |
A mulher pergunta se devem chamar à emergência 911, mas ninguém faz nada mais especificamente. O ladrão enche seu saco e passa junto ao vigilante, que tenta tirar o produto do roubo sem sucesso, e escapa sem mais problemas.
Na semana passada, Lyanne informou que o homem responsável do crime tinha sido preso. Não obstante, o vídeo do incidente -que já acumula mais de seis milhões de reproduções- provocou um intenso debate ao redor de uma polêmica lei que transformou a cidade californiana em um "paraíso para os ladrões de lojas".
O aumento dos furtos surgiu quase imediatamente após a aprovação da chamada Proposição 47, norma votada em um referendo em 2014, que considera os roubos não violentos de artigos de valor menor que 950 dólares (4.700 reais) não como delitos graves, senão menores. Em consequência, o acusado só recebe uma citação e muitas vezes nem precisa se apresentar à justiça.
Ainda que a taxa de roubos em San Francisco diminuiu durante a pandemia, em grande parte porque muitas lojas fecharam temporária ou permanentemente, os negócios varejistas essenciais, entre eles as redes de farmácias como Walgreens e CVS Pharmacy, viram um aumento dos incidentes de furto. Não obstante, os dados não indicam um aumento generalizado dos roubos nas lojas da cidade.
Durante os últimos cinco anos, a Walgreens fechou 17 estabelecimentos nessa cidade, e, nas que continuam abertas os incidentes de roubo são quatro vezes maior que o número médio reportado de roubos em lojas similares em todo o país. A rede gasta 35 vezes mais em guardas de segurança em San Francisco que em qualquer outro lugar, disse Jason Cunningham, vice-presidente regional de farmácias e operações varejistas na Califórnia e Havaí.
Brendan Dugan, diretor da divisão de delitos varejistas da CVS Pharmacy, qualifica à cidade californiana como um dos epicentros do crime varejista organizado e afirma que os empregados tinham recebido instruções de não perseguir os supostos ladrões porque estes encontros tinham se tornando muito perigosos. Ao mesmo tempo, Ahsha Safaí, membro da Junta de Supervisores de San Francisco, denunciou que existe uma vasta rede de roubo varejista que abastece o crime organizado com medicamentos e acessórios e, às vezes, os bens subtraídos são vendidos nas ruas do próprio bairro.
Por estes motivos, as indústrias varejista e de abarrotes da cidade estão exigindo um enfoque na resolução deste tipo de delitos e sanções mais severas por roubo, antes que a sociedade mergulhe no caos.
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